terça-feira, 13 de agosto de 2013

Marques e Maria

Marques
quando Marques entrou na sala de aula(teoria da literatura),com aquela doçura de um olhar que olha para dentro,me acalmei E disse que na infância era proibido pelos pais de ler revista em quadrinhos Lia escondido,atrás da portaEsta mistura de homem-menino aplainou minha angústia Grande angústia aliás,tenho sete cicatrizes de operação no corpo,não sou a Diadorim,já havia apoiado a quarta internacional com vinte e quatro anos e,junto com meus companheiros de liderança e professores,mudado uma expressiva parcela da grade curricular da UFMGColocamos o básico na  Letras e na UFMG Unimos todos os estudantes de Ciências Humanas no básico(sociologia,ciências políticas,economia,filosofia.....)E,aos quarenta e poucos anos,sem empregoDepois de ter trabalhado com meu pai,músico,de onze aos trinta anos,umas doze horas,com análise musical,sempre de madrugada,todo o Leste Europeu,Enesco,Khulau,Kachaturian,Stravinsnsk,Zanetovich,além de Villa Lobos,Radamés
que dedicou dois concertos prá ele E aquele homem menino nos dizendo para ler O Cavalheiro Inexistente,Ítalo Calvino,com toda aquela doçura de menino Impossível a ironia
Bem,toda esta depuração,a crítica de Derrida à inteligência logocêntrica,li Gramatologia por sugestão dele,relaciono som,cor,palavra, inconsciente,ondas hertezianas,afetos O que os pré socráticos chamavam de amor,ódio,ternura,alegria,tristeza,esperança e canto,,,,,,,,,,é preciso estar atento e forte.......atençãoAmo Octtiabrina SamizdatAmo os meninos e as meninas Mas presciso transcender num trabalho sério e impessoal O que sou não tem importância   Maria

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