sexta-feira, 13 de julho de 2012

Tessitura O silêncio tece as ânsias desnudas na concha da noite Entre a chuva e o estio o cio e a voragem permanece entre frestas de sol e frio penetra as janelas das memórias mudas fruta-tear em viração madura Helenice Maria Reis Rocha

quarta-feira, 27 de junho de 2012

lua

ANUNCIAÇÃO A Anunciação do dia Senhora nossa nos dai A manhã esperada reaparece nas transversais das ruas onde crianças seminuas engolem estranhos metais A anunciação do dia Senhora nossa nos dai E da nossa secreta rima perdida Tirai valor helenice maria reis rocha
MAR DE VERBO Esculpindo on nãos em vazios de areias mudas vejo o solitário percurso dos silêncios,dos caminhos de través,das lembranças Desenhando vãos em mar de verbo traço o destino da palavra Crio os rumores da procela helenice maria reis rocha

sábado, 17 de março de 2012

O Desfile das HORAS

A carnação do verbo floresce
sentidos tensos entre as proclamações
das praças e
os sussurros das alcovas
Tudo é palavra voando
por sobre o rumor
das falas
burburinhos de voz
anuncianso o lento desfile
das horas helenice maria

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Em nome da Vida,por RAAD

Sangraram  uma pequenina flor na porta do palácio
Beberam o sangue de um menino verde
               enquanto ele dormia
Fizeram um festim de bodas com as vísceras ancestrais dos meus avós
Colocaram os meus sonhos à venda e quando vi,
           não tinha mais sonhos
Voltei sobre  os meus passos e minha casa
           já não existia

Meu irmão,morto em efígie,não pode me defender
Por ordem do rei,mataram uma pequenina flor
               na porta da igreja
Na frente dos santos
Por ordem dos heróis,mataram uma pequenina flor,
na frente dos anjos
Por ordem de Deus,beberam o sangue
                      do menino verde ,enquanto dormia
E os palácios permaneceram intactos
E as igrejas entoaram cânticos no altar do sacrifício
Das crianças enquanto dormiam
Das flores,enquanto sangravam       helenice maria reis rocha