quarta-feira, 28 de maio de 2014
Rebeldia
Não tenho filhos........
ou um casamento bissexto.........
mesmo assim amo as damas da noite........
as praças longínquas.........
silenciosas..........
faço meu auto de fé na vida.........
em meu cantinho..........
augurando novas falas terçãs.......
como as febres desta bendita rebeldia..........
que me torna exilada de todos os modelos..........
amei.........
nem sempre fui amada........
prossigo.........
como prosseguem as flores nas laranjeiras...........
aqueles que prosseguem na esperança...........
persigo o desvendamento........
do inefável .......... helenice maria reis rocha
sábado, 24 de maio de 2014
Que me venham as flores
Quando penso nas populações planetárias miserabilisadas pelos custos e preços dos países ricos.......,no desemprego estrutural....,percebo que na realidade......,quem sustenta esta correlação de forças....... é quem não representa custo ou preço algum.......Aqueles que estão morrendo de fome,.......de frio e de sede.......A riqueza estagnada nas mãos de poucos e produzida por muitos,.........
o calculismo de manter mercados que garantam esta estagnação ........,são os causadores de toda a tragédia planetária......Que me venham as flores. Helenice Maria Reis Rocha
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Canto
Canto
E minha mãe,depois do derrame,cantava,tartamudeando velhas cantigas de resistência popular........anônimas.....das tradições da oralidade....o que é em si.....um sentido cultural....espiritual.....e político Helenice Maria Reis Rocha
Leveza
Leveza
A leveza da voz de minha mãe cantando perdida no tempo.........
Não ouvi barulho de máquinas ou repetição sistemática de sons.......
mas uma voz,encorpada,suave,cantando.........
Cantigas de lavadeiras,kalundus,cantigas de quintal,cirandas.........
Conheço toda a tradição oral do século dezenove por causa dela..........
Memória de esquecidos,tradição anônima,belíssima..........
sem inscrição no aparato midiático,mercadológico.........
cantigas de gente pobre,despossuída..........
Me remete à mim mesma,ao meu corpo.........
à minha alma.......
O barulho das máquinas nas linhas de produção..........
desnorteia,exila o sujeito de si mesmo.......
Uma vez,um chaufer de taxi me contou o seguinte:uma operária morreu no meio........
de uma linha de montagem..........
O coordenador dos trabalhos disse:continuem a produção.........
Queria ver ele dizer isto prá uma lavadeira cantando..........
Helenice Maria Reis Rocha
Leveza
Leveza
A leveza da voz de minha mãe cantando perdida no tempo
Não ouvi barulho de máquinas ou repetição sistemática de sons
mas uma voz,encorpada,suave,cantando
Cantigas de lavadeiras,kalundus,cantigas de quintal,cirandas
Conheço toda a tradição oral do século dezenove por causa dela
Memória de esquecidos,tradição anônima,belíssima
sem inscrição no aparato midiático,mercadológico
cantigas de gente pobre,despossuída
Me remete à mim mesma,ao meu corpo
à minha alma
O barulho das máquinas nas linhas de produção
desnorteia,exila o sujeito de si mesmo
Uma vez,um chaufer de taxi me contou o seguinte:uma operária morreu no meio
de uma linha de montagem
O coordenador dos trabalhos disse:continuem a produção
Queria ver ele dizer isto prá uma lavadeira cantando
Helenice Maria Reis Rocha
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Simbiose
No mundo da mercadoria as relações familiares ficam prejudicadas por um foco,a linha de montagem que casa homem versus objeto(mercadoria) de uma forma quase simbiótica
canto simples
canto simples
canto ........
entresonhos de blues distantes......
o canto só........
entresanhas de fúrias primevas.......
o canto de Jó.........
cantos entre as arestas do silêncio.......
entreruas de milênios........
o luar de amanhã......
que virá .......... Helenice Maria Reis Rocha
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