sábado, 27 de dezembro de 2014

Obama

Obama Tenho acompanhado as reações do Congresso Americano ao presidente Obama consternada Ele é sem dúvida o presidente mais honrado que os EUA já tiveram Conduziu com maestria os conflitos internacionais sem produzir genocídiosTem tomado decisões seríssimas em direção a um respeito maior aos Direitos Humanos Acabou com Guantânamo Sem ferir nehum princípio de respeito às regras do jogo democrático propõe diálogo com Cuba. E tem tradição de Cultura É filho de uma Antropóloga e esposo de uma Advogada Um grande homem helenice maria reis rocha

sábado, 20 de dezembro de 2014

Francisco

Francisco Hoje é dia de Francisco....... dia de Maria e de João......... Dia das confrarias que fazem a festa do pão........ Hoje é dia de Francisco........ de José,de Sebastião........ Dia de todos os homens......... que fazem da uva o vinho....... Hoje,como todos os dias,é dia dos Franciscos....... que lavam os pés dos irmãos........ hoje é o dia de todos os homens......... que fazem do trigo........ uma comunhão......... tirando do sacrifício......... o corpo de um inocente..... e o de um culpado também......... helenice maria reis rocha

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Religare

Religare Religião é religare.Religar-se à natureza,Ao amor,à PAZ,à Vida.Uma religião que oferece um ser humano em sacrifício de sangue,numa cena de tortura em praça pública,está se desligando da vida.Matando e ainda diz que é para se salvar.O modo de produção capitalista,por exemplo,fala em parcela de sacrifícios para se perpetuar através do poder....Chega da Ideologia do Sacrifício que tem servido para perpetuar modos de produção criminosos e assassinos Quem bebe o corpo e o sangue de alguém,como se diz na hora do recebimento da hóstia,é antropófago Descrucifiquemos Jesus.Descruficiquemos toda a humanidade crucificada pela fome ,pelo frio,pela sede.Pelo DesamorVamos nos religar à vida.Toda vez que ia à missa com mamãe,pequenininha,desmaiava,porque via na parede da igreja um ser humano todo ensanguentado e pregado com pregos.Vamos fazer a ORAÇÃO DO RESGATE DA VIDA.Bem Vindo o Sol,BEM VINDO O AR BEM VINDO O A AMOR BEM VINDA A PAIXÃO POR TUDO ISTO QUE NOS TORNA VIVOS E FELIZES Helenice Maria Reis Rocha

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

orvalho

orvalho uma gota de orvalho...... batiza minhas memórias planas....... de uma superfície lisa...... como recordações de paz....... colegiais descem a rua...... risadas...... minha mãe faz o almoço...... e os talheres tilintam...... e o orvalho batiza minhas memórias mansas...... dois homens conversam alto de madrugada...... de manhã o perfume generoso de café...... uma gota de orvalho batiza,silenciosa...... o canto dos bem te vis...... só uma gota...... faz a manhã...... sorrir...... helenice maria reis rocha

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Papa Francisco,Andança

Errância Adoro andar por ruas onde nunca fui .Por bairros distantes.Entrar em diferentes templos de oração.Ouço a Marlene cantando na casa de Claudio e me encanto.Parece uma coisa mourisca.Como diria Guimarães Rosa eu bebo água de todos os rios.Importante é que seja água.Quando vejo este papa penso na chama de uma vela Uma força da natureza iluminando na escuridão.Fez uma linda epifania.Rezou todos os rezares.Entrou em todos os templos.Lindo.Sou ecumênica.Gosto da estranha e linda diferença entre um cristão cantando e um árabe.As diferenças nem são tão grandes assim.Ninguém nota mas falamos cantando.Se pararmos em qualquer ponto da fala e prolongarmos o som ,é um som musical Helenice Maria Reis Rocha

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Noites Ensolaradas

Noite Ensolarada Pensando na minha doce interlocução com papai,nas estradas de Minas,no escritório lá de casa,pelas madrugadas,lembro-me dele me dizer que,o que a maioria dos músicos pensa que é desafinação,é a capacidade de ouvir outros sons Então,íamos da escala cromática do século dezoito e tentávamos ouvir os Comas Ele me dizia que os Africanos,os Indianos têm uma percepção dos comas,que sãos os sons que estão entre os semitonsIsto me remete muito às Inxcelências,aos cantares do Rosário.....mas conhecíamos a linguagen da convenção Européia Estudamos Villa Lobos,Radamés,que dedicou dois concertos a ele,Kachaturian,Daniele Zanetovich,Bartok,Malcoln Arnold....Ele tocou toda a vanguarda do século vinte que conseguiu transcrever para a harmônicaTinha o cabelo todo enroladinho,muito moreno,parecia um hinduMuito lindoTrabalhamos exatamente vinte anos(1961 à 1982) ,a noite toda,com análise musicalMeus irmãos e eu viajámos muito com ele pelas estradas de Minas Claudio era lourinho Tinha o apelido de garrafinha de leite Minha mãe me disse uma vez que achava lindo ver os dois saindo de madrugada juntos,para as estradas Um lourinho de três aninhos e um lindo moreno,introspectivo,intelectualAlgumas vezes fomos denunciados porque fazíamos música de madrugada Toda a vizinhança amava a música dele mas um dos vizinhos não gostava Aí,minha prima falava,Tio Aluísio,o fulano chamou a polícia A gente esperava os homi passarem e começava tudo de novoAquele termo do Vianinha tá errado......Dura lex Sed Lex,no cabelo só gumex....Nós somos mestiços de indígenas,africanos,portugueses Eu pareço uuma portuguesinha de fado Mas grande parte dos policiais linha dura da década de setenta tinha origem européia,alguns louros,de olhos azuis.Claudio,meu lourinho amado,hoje com o cabelo acastanhado,era um espírito tão simples que ,aprendendo com papai a amar as estradas,decidiu que,quando crescesse,queria ser caminhoneiroMeu pai tinha um xará,um homônimo,advogado.Nunca o conhecemos pessoalmenteAo que parece foi advogado de uma grande empresa aéreaBem,cá estamosMeu pai me explicou a sereiedade da música de João Gilberto,(O desafinado) porque,do seu ponto de vista induzia os músicos a pensar o som além da escala cromática,a perceber os Comas,Quero fazer uma ponte entre Arte e Ciência mas Deus não fez o mundo em um dia Vou aos pouquinhos .....Como dizia meu orientador de Mestrado,é preferivel escrever quinze minutos todo dia do que dez horas em um dia e largar tudo o restante do mês....falava no Eclesiastes que é uma obra prima de Lírica.......Beijin,Beijin,,,,,Beijin....prá quem lê e noite,para quem lê de dia, ou nas lindas manhãs vesperais

Pardais

Pardais Amo os pardais de janeiro........ no asfalto,a geometria dos começos........ o primeiro sol do dia inaugural....... o ano porvindouro....... e os pardais....... teorema de fragilidsde e abandono....... sem pedigree....... alegrando os ares....... as árvores,as ruas por um estado de espírito singular....... amo os pardais de janeiro....... sinal de que a cidade vige....... as lavadeiras cantam....... as mães embalam....... amo os pardais de janeiro....... de fevereiro....... de março....... quando as chuvas declaram água...... e os pardais declaram....... presença....... Helenice Maria Reis Rocha

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

AMIGO

Amigo Reminiscências dançam nas vétebras da memória....... as salas do tempo trazem o amigo...... que sobe a rua cantando...... vou com ele...... aprendo a música...... paralelepípedos e ladeiras crestadas de sol........ cantamos....... conversamos pelas madrugadas...... a impossível síntese da pedra filosofal...... amamos........ cada permanência branda de discreta tolerância........ quem ama o amigo não tolera,permite......... leve nuance de alteridade branda....... e as ruas se esvaem ao som de um canto a dois........ até sumir numa saudade........ Helenice Maria Reis Rocha

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

PAZ E AMOR

Paz e Amor Quando substituimos o desejo por um objeto que o represente estamos fetchizando.Há pessoas que gozam só com o tamanho dos pés de alguém.Se amamos por uma escolha religiosa ou cultural,estamos fectchizando também.O amor é um valor em si.Não importa em que Igreja ou Sinagoga eu ore.O que importa é que estou orando.Entendo a oração como um profundo rito orgiástico no qual se verbalisam desejos.E desejos bons.Se somos feitos do mesmo barro podemos beber água de várias fontes.Olho o céu estrelado e me lembro do Tio Lúcio.Tínhamos uma doce comunhão com tudo o que é vivo. Passávamos manhãs inteiras no jardim da vovó observando as joaninhas,as pequeninas teias de aranha,formigas....as vezes um flilete de sol batia nos cabelos dele e ele se iluminava todo.Morreu com um estranho câncer que começou na boca.Este é o grande mistério da existência.Pessoas em harmonia com o amor,com a vida serem tragadas por este tipo de morte.Se as religiões fetichizam o que é um valor em si(o amor,a vida)podem também ter um poder de ciência através da verbalização oralisada de desesjos profundos da humanidade....Desejos de PAZ,de PRAZER,de VIDA,AMOR,que verbalisados,acionam os neurônios e se transformam em estados de espírito que curam,em ações que salvam.Helenice Maria Reis Rocha

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Mente

Mente Se as emoções que sentimos alteram o funcionamento dos neurônios,é provável que possamos decodificar que tipo de emoção provoca qual tipo de alteração fsiológica do neurônio e o que acontece com as moléculas do corpo em face deste tipo de informação.Por exemplo,sinto uma profunda ternura por uma criança:que interações acontecem,em face disto,com relação ao interior dos neurônios E,neste momento,que interações estão acontecendo dentro da estrutura molecular,tomando como corpus,uma parte do organismo e assim sucessivamente até mapear todo o corpoÉ necessário saber que região do cérebro responde à um sentimento leve como a ternura

Gil e as Dunas Brancas

O Primeiro contato que tive com Gil,devia ter uns desessete anos Ele subiu a rua cantando...."eu venho das dunas brancas....onde eu queria ficar....estendo os olhos cansados....por onde a vista alcançar...."Fui atrás dele ,andamos um pouco Pedi a ele que me ensinasse aquela canção Nos últimos anos chegamos a conversar sobre como descobrir que informação emocional leva a informação do câncer para os neurônios e o que acontece com os neurônios diante desta informação.Aí,me pergunto.....se seria possível modoficar a informação e mudar a mensagem que os neurônios estariam levando para o resto do corpo.Gil os neurônios e eu no meio da madrugadaGil fez o elogio da alegria o tempo todo Mas uma alegria vinda de dentro do coração,até sem exteriorização às vezes Rimos muito pelas madrugadas Papai,Katinha,Gil e eu....As farinhas da casa acabaram.....Estou esperando meu irmão....Saudade

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A Psicanálise e a Morte

A psicanálise não encontra representações para a morte.Portanto,nunca me imaginei com câncer mas acabo de retirar um em meu seio.E tenho que fazer cinco meses de quimioterapia.E tem mais,tem um buraquinho que não fecha depois da mastectomia parcial que fiz e se começar a quimioterapia com este buraquinho aberto pode se instalar aí uma infecção fatal.Estou entregue ao bom senso dos médicos.Mesmo assim,aqui na casa do meu irmão,fico identificando as escalas que os passarinhos cantam debaixo da janela.O câncer já foi retirado,meu seio está livre.Aguardo.Desejo ardentemente viver.Tenho quase sessenta anos,vivi uma vida meio alternativa,sou professora,fui apresentando meu trabalho em congressos internacionais Tenho várias publicações intercaladas entre estados brasileiros e EuropaAcordo de manhã sob a luz do olhar doce e sério de meu irmão me aconselhando a dormir mais um pouquinhoMinha cunhada me recebeu de braços abertos,uma grande alma.Mas tem o buraquinho com sua possibilidade de ser janela aberta prá infecção.Ada,minha prima,me disse uma vez que a vida é uma questão de abrir a janela certa.Quero acreditar na vida,quero acreditar no bom senso dos médicos.Tem mais não Helenice Maria Reis Rocha

domingo, 9 de novembro de 2014

A Metáfora Parafuso

A Metáfora Parafuso Barra,Beiras,Cabeceiras,...como diria Guimarães Rosa.Se fosse Barra,isoladamente seria objeto de consistência dura,comprido,de ferro ou madeira.Se fosee Beiras,isoladamente,teria o significado de margens,Cabeceiras ,isoladamente teria o significado de cabeceiras de rios.Juntas,formam uma linda cadeia de sons que aí estão unicamente para formarem esta cadeia de sons.Quando alguém diz:entrei em parafuso,quer dizer,fiquei preocupado.Talvez,a forma do parafuso,niquelado,dê a impreção de complexidade,o que nos remete ao significado de preocupação.Numa linha de montagem,passar um parafuso,significa fazer seguir a linha de montagem A metáfora,entrar em parafuso,significa pensar,meditar,expande o significado.Dentro da linha de montagem significa gesto reproduzido.A linguagem metafórica expande significados,a linguagem coloquial circunscreve.Viagem rumo ao indefinido campo de possibilidades das significações não se circunscreve ao universo previsível da linha de montagem.Por isto,Barra,Beiras,Cabeceiras estão aí juntas muito mais por causa do som do que por causa dos significados apesar de Cabeceiras e Beiras poder nos conduzir às beiras dos rios bem em consonância com o universo Roseano do Sertão.O Sertão da meia luz no meio da noite,dos grilos cantando,povoado pelo canto das coruja,Sertão de Diadorim,mulher menino,metáfora de masculino e feminino numa androginia plena de significados.Entrar em parafuso,parafusar uma idéia,ficar parafusando,na linguagem metafórica de Minas significa ficar pensando,meditar.Diferente do gesto repetitivo da linha de montagem.Barra,Beiras,Cabeceiras....O Sertão vige dentro do homem.Helenice Maria Reis Rocha

sábado, 8 de novembro de 2014

Poyesis Simplesmente

Poyesis Poyesis,em estado de dicionário,significa fazer algo.Trabalhar.A linguagem poética,próxima do delírio,não tem as condições necessárias à funcionar como comunicação útil ao modo de produção capitalista.Interregno entre as funções pragmáticas da linguagem que quer comunicar,estado de suspensão com sentidos abertos à várias leituras,estabelece uma ruptura,tanto com o valor de uso quanto com o valor de troca.No entanto,muitas pessoas lêem poesia. E sentem um profundo bem estar,uma ruptura com as defesas que nos leva a sempre estarmos atentos com as necessidades de sobrevivência.Leva-nos ao inconsciente.Mário de Andrade,André Breton,sugerem até a livre associação nos primeiros estágios de fazer poético.Prescinde dos meios de produção porque só exige lápis e papel.Nos joga deliciosamente no caos,na desestruturação que aproxima o ser humano do orgasmo.O fazer artístico produz um hormônio que é o mesmo produzido no orgasmo.Neste momento o ser humano está desfocado da mercadoria que exige vigilância,concentração,está descentrado .Neste momento o ser humano,como diria Bandeira,pode dançar um tango argentino,ir embora para Passárgada,frequentar lugares que não são lugares,rever hierarquias,recomeçar amores....pode o que não pode no real,no mundo dos valores de troca.Está perto do sonho que,segundo Freud é o momento privilegiado para a realisação dos desejos mais reais.Desejos estes que se contrapõem à sublimação exigido para a manutenção do foco na produção da mercadoria.Estado de espírito delicadamente selvagem e sutil,pois não se percebe um poeta fazendo poesia.Toda a civilização entra em balanço. Helenice Maria Reis Rocha

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A CIVILIZAÇÃO ANAL

A CIVILIZAÇÃO ANAL pensando no acordo planetário que associa valor trabalho a papel como símbolo de troca.... tenho me detido,algumas vezes,nas fazes de desenvolvimento psiquico afetivo da humanidade... que envolvem negociações de troca...Na fase anal,a criança retém ou libera as feses para agradar ou desagradar à mãe...Quando libera as feses,libera algo culturalmente marcado pela idéia de sujidade e tem como prêmio,a aprovação da mãe ou até algum presente,representado por um doce,um carinho.....etcEm termos do modo de produção capitalista...,oferecer dinheiro significa receber o prêmio representado pela mercadoria... Os genocidas do século vinte insistiram permanentemente em noções de "pureza racial""limpeza étnica"...O sentido de dinheiro também vem no século vinte,desde o cristianismo medieval,marcado pela oposição entre o que é espiritual,portanto"limpo" e o que é "material" portanto "sujo..."É possível inferir que as relações que a humanidade estabelece com a noção de dinheiro,se situem em leituras que nos levem para a dita fase anal...Bem,sempre trabalhei por ser musicista,junto com meu pai,que era músico... Mais de onze horas por dia...Ao longo de uns vinte anos...De dez à quase trinta anos...Trabalhávamos de madrugada até o dia amanhecer...Ele tinha pouco dinheiro e eu nem ligava prá isto...Se observo as flores,não quer dizer que,por observá-las,que elas sejam minhas...Se uma folhinha de papel...,que representa um acordo planetário.... passa por mnhas mãos...,ou pelas mãos de meu pai...,passava,aliás,porque ele já morreu...,não havia aí nenhum acordo intrinseco de propriedade...,passaria para outras mãos...Se a consanguinidade mantém um acordo planetário que garante aos filhos heranças de papel..,no sentido mesmo de fetchicisação...,não há ,no caso das famílias pobres...,nenhuma propriedade fetchicizada mas,no mais das vezes,trabalho comum,para a sobrevivência daquele grupo...Então,termos como...,dinheiro de família...,noções de propriedade..,são acordos dcorrentes dos modos de produção de cada territorialdade ou cultura...Mas,o que mantém estes modos de produção é unicamente o trabalho..Se a noção de propriedade é conceitual...,fruto de uma abstração... a diferença consiste em:...quem constroi a casa e quem vai desfrutar dela...Porque este conceito não levanta concretamente a casa...Ou da possibilidade de que quem construiu uma vivenda também tenha direito a uma...Mas mesmo para aquele que construiu a sua própria casa o sentido de propriedade é conceitual Abstrato....O que resta então!!!!...A própria humanidade!!!!...Como irá interagir para garantir a vida de toda a população planetária... ,ao abrigo das intempéries...Se a relação com o acordo abstrato que dá poder a um pequenino pedaço de papel está relacionado com a fase anal é provável que...,chegando à realidade mesma do prazer...,seja possível à pessoa humana definir o que vem primeiro...,o alimento que agrada e dá prazer...,a carícia que acalma...,ou um pequenino pedaço de papel...,que pode autorizar ou não a vida...,uma vez que...,até a possibilidade de nascer...,está ligada a custos e preços...Esta delegação de poder a um pedacinho de papel... é uma transferência de poder da autoridade do pai...,nas sociedades patriarcais...,e do poder da mãe,,,,nas sociedades matriarcais...Gostaria de me deter a seguir...,no que considero a ideologia do sacrifício...,que vem desde às sociedads tribais até ao cristianismo moderno... Sacrificados são os que não servem de força de trabalho à um modo de produção...,qualquer que seja ele...,as virgens...,os que não produzem mercadoria,...(amo Lorca,se fosse mãe,irmã,parente ou amiga,descobriria o nome dos militares que lhe roubaram a vida),...ou quem quer que fosse...,bem,a idéia cristã de um sacrificado que assim o é para libertar a humanidade de seus pecados,...justifica bem a perpetuação de um discurso hegemônico....Hora,em nome da vida,chega de qualquer ideologia de sacrifício

domingo, 12 de outubro de 2014

Direitos Humanos

As questões ligadas a territorialidade e poderio econômico se refletem nas diretivas de direitos humanos A noção de soberania,que deveria ser usada para proteger o conceito de nação,muitas vezes é usada para martirizar.Sejamos irmãos O território é a terra.Seja a minha casa a sua casaSe você conhece o conceito de amizade,sabe que um amigo não invade o lar do outro Antes,pergunta se é bem vindo s se pode entrarNão vou nunca martirizar um amigo em lugar nenhumSomos todos irmãos,habitamos o mesmo planeta.

sábado, 27 de setembro de 2014

Versos

Versos Faça eu versos ou sopa de letrinhas........ os vermes me devorarão........ mas,graças a Deus,o mesmo crepúsculo....... tingirá os céus na terra...... enquanto os vermes comerão minhas carnes...... e minha verve se tingirá de alvíssaras........ benditos vermes que me garantem o fim....... e ouvirei invisível......... os risos dos colegiais....... os pregões dos jornais........ invisível,muda e feliz........ Helenice Maria Reis Rocha

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Confissão

Gostaria de acordar numa praia iluminada........... Vivi um amor ágape,de filha,irmã,amiga........ Tenho uma vida sem crimes......... Quem comete crime contra a vida não está seguro em lugar algum do Cosmos.......... Seja quem for........... Gostaria de contemplar uma fonte límpida......... num dia de sol......... E de ser carregada pelo vento para o infinito amor de Deus........ Helenice Maria Reis Rocha

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Dias

Dias....... Dias Voantes..... pousam sob minha retina....... mansa....... olho o sol como quem canta hinos...... e brinco dançando sob as peles do tempo....... escondida sob suas máscaras....... Fui criança vencida nas entrelinhas do destino..... sou mulher rendida sob as máscaras do tempo....... que voa como ave lépida crestando velhas ilusões.... amalgamadas em fogo lento....... Vejo os dias como calma viração de vento leve..... o meu fim,uma arfante linha em rumo certo ........ helenice maria reis rocha

sábado, 30 de agosto de 2014

Publicação

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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Tautologia

Tautologia Quando alguém diz:o carro é azul,une com overbo de identidade,sentidos diferentes Se carro e azul são iguais poderíamos dizer,o carro é o carroEsta operação tautológica une aporias.O sublime e o grotesco,o amor e o ódio,a vida e amorte,a lei e o caos É provável que esta estrutura de linguagem seja o alicerce das hegemonias de poder da civilização ocidental helenice maria reis rocha

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Menino

Menino Pequetito,não subas a ladeira...... a Lua não te espera lá...... pequetito........ não corras as ruas....... com teus papagaios singrando no ar...... o sol não te espera lá....... Ah menino....... A guarda armada se esconde nas esquinas........ e busca pequetitos como tu...... a guarda armada entra nas casas..... e busca pequetitos...... como tu....... Helenice Maria Reis Rocha

domingo, 17 de agosto de 2014

Engrenagem

Engrenagem Tenho me perguntado até que ponto o valor ou ausência de valor que se dá aos fazeres não está de algum modo ligado ao modo de produção capitalistaA noção de pertinência,de que algo é válido,pode estar ligado a este modo de produçãoOs herós midiáticos por exemplo,reproduzem a falsa noção de que quem trabalha muito vence sempreHá sempre aquele heróis arquetípico que venceu por muita astúcia,muito esforço como se o triunfo fosse um desígnio de um destino pessoal que exigisse qualidades especiais em lugar de um princípio ético que garantisse trabalho a todos e chances iguais do referido triunfoAs desigualdades de condições estão aí para todos verem.Um discurso também ideológico é o que cria mártires sacrificados em função de um valor,o que de certa forma justifica esta engrenagemA noção de pertinência perpassa as noções de saúde e doença mental.qualificação,acerto ou erro,uma vez que,provavelmente,o produto considerado alienado,fora de qualquer inscrição,pode não ser a mercadoria adequada a este modo de produçãoComo falar em feminismo,por exemplo,sem falar em reforma agrária.Em cooperativismos sem levar em conta que o que se dá é a ausência da presença do Estado e da riqueza redistribuída para dar conta das necessidades humanasTalvez,desqualificado seja aquele que não produza a mercadoria esperada por esta engrenagem E louco também Mesmo que faça um trabalho da maior qualidade Helenice Maria Reis Rocha

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Reminiscências

reminiscências transparentes............ atravessam a opacidade do tempo.......... minha mãe canta cristal.......... lida......... brincante e fagueira.......... com as águas e as toalhas............ um raio de sol ilumina o jornal no sofá.......... dia impávido singrando entre as arestas da tarde......... reminiscências coloridas............ varam a opacidade do tempo......... meu pai canta........... pequenos trechos de música que inventamos........... a invenção do dia........... é como o despertar das horas em tarde branda........... em fogo branco .............. helenice maria reis rocha

Reminiscências

reminiscências transparentes atravessam a opacidade do tempo minha mãe canta cristal lida brincante e fagueira com as águas e as toalhas um raio de sol ilumina o jornal no sofá dia impávido singrando entre as arestas da tarde reminiscências coloridas varam a opacidade do tempo meu pai canta pequenos trechos de música que inventamos a invenção do dia é como o despertar das horas em tarde branda em fogo branco helenice maria reis rocha

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ensino Técnico ,Ensino Propedêutico.....continuação da continuação

Ensino Técnico,Ensino Propedêutico.....continuação da continuação Segundo Kosik .....O mundo da cotidiana familirialidade não é um mundo conhecido e notório.Para que seja reconduzido à própria realidade,ele tem que ser arrancado da familirialidade fetichizada e reveladora na sua brutalidade alienada(Kosik,1985,p.78) A lógica de um discurso hegemônico nos diz que,quem trabalha muito tem muito dinheiro. Entretanto há pessoas que trabalham muito e têm pouco dinheiro.O mundo fetichizado do modo de produção capitalista nos faz crer que,todas as pessoas que vão aos shopings têm dinheiro na mão para comprar coisas.A unidade do pensamento grego expressa em Heráclito nos faz harmonizar aporias.Heráclito nos diz.....Se não ouvirem simplesmente a mim mas se tiverem ascultado(obedecendo´lhe na obediência)o logoz,entçao é um saber(que consiste em)dizer igual o que diz o logoz.Tudo é um(Heráclito in Heidegger,sd.256)A harmonização das aporias pela noção de unidade faz com que vejamos com naturalidade a diferença entre as grandes massas aparentemente consumidoras e os bolsões de miséria nas favelas,nos hospitais e escolas públicas.Esta noção de unidade,de que a diferença é natural e constituidora das diferentes capacidades e talentos nos faz sacramentar a tragédia com naturalidade.Assim sendo,não há razão para se acreditar na sustentabilidade da ciência e da escola pública.

terça-feira, 22 de julho de 2014

ensino técnico,ensino propedêutico....continuação

Se o texto clássico,através de Platão,diz que existe um mundo das causalidades,o mundo das essências e um mundo fenomênico,o mundo das aparências,da concreticidade onde habitamos,quem detem a compreensão de causa,detem o modo de produçãoNo nosso caso,somente uma casta tinha acesso _a especulação das causasAssim sindo ,o mundo acadêmico é o repositório dos sete por cento da humanidade ,que chega ao habitat da causalidadeEntão,há que se perguntar que intelectuais estã produzindoA quem serve a universidadeTodavia,deter o conhecimento do teorema que determina um modo de produção não é deter a posse deste modo de produçãoEste o dilema do intelectual contemporâneoNo nosso caso em questão,cumpre saber quem detem o conhecimento de ótica que leva à lente resgatadora da visão ,quem produz as lentes,,quem detem o modo de produção que conduz às lentes e quem determinas custos e preçosSe o cientista detem o conhecimento de causa,ainda assim não possui os meios de produção Então,está no mesmo patamar de sobrevivência do técnico que produz o objeto em larga escala ,cujo excedente vai desaguar em quem detem os meios de produção,ambos,técnico e cientistaNeste sentido,o ensino propedêutico está atrelado ao modo de produção onde está inserido e a pergunta que não quer calar é :porque motivo a verba destinada ao ensino técnico é maior do que a verba destinada ao ensino propedêuticoSe a universidade pública produz Mestres e Doutores que estão produzindo e não possui verbas,resta saber qual o tipo de conhecimento esta justificando verbas e porque razãoO conhecimento industrial visa à venda,o conhecimento científico à natureza dos resultadosSe,num determinado momento,o resultado de uma pesquisa médica descobre um caminho de cura,não quer dizer que,logo a seguir,existam remédios milagrosos no mercadoIsto demanda tempo,testes,experiência,um tempo que talvez seja lento para o tempo de circulação de uma mercadoria que já esteja produzindo resultados mas a escolha civilizatória incide sobre resultados e não sobre vendas Se a nossa noção de sobrevivência estiver ligada apenas a bons empregos e bons salários poderemos morrer de câncer por falta de bons pesquisadores. Não se deve pensar em pesquisa apenas como repetição dos saberes já adquiridos mas como o espaço de reflexão da descobertaA mera reprodução do já sabido leva ao status quo que nos credencia a pensar que não há necessidade de verabas,de investimento, uma vez que está tudo pronto.Além do conhecimento já consolidado há que se esperar novas descobertas na Física,na Química,na Biologia....etcA produção em série,numa linha de montagem prevê movimentos repetitivos,previsíveis,repetição de fórmulas para a obtenção de mercadorias .Já a produção científica exige experiências que muitas vezes significam mudança de percurso,mudança de conclusões porque a produção científica visa a resultados.A filosofia de Platão prevê o recuo que leva às regras abstratas que explicam os seres e as coisas mas não prevê a mudança de conclusões advinda do laboratório das observações da realidade.Portanto tem alguma relação com o mundo da mercadoria no qual o resultado é previsível.É provável então que o texto clássico,fundador da civilização ocidental,sirva também ao modo de produção capitalista.O recuo que permite ao pesquisador pensar seu objeto de estudo para além dele permite descobertas que uma linha de montagem bloqueia.A interdisciplinaridade ,de uma certa forma,tira o pesquisador do foco(área de concentração,mercadoria) e permite conexões que enriquecem a compreensão do objeto de estudo.Manter um foco,em pesquisa,muitas vezes pode transformar o objeto de estudo numa mera mercadoria a ser estudada e exposta numa vitrine(estante da biblioteca da universidade)A noção de Área de Concentração obscurece a interrelação entre disciplinas de domínio conexo e reproduz a noção de foco na mercadoria que as linhas de montagem traduzem.Tomando como exemplo a sofistificação da indústria alimentícia,supõe-se que se deva investir nesta sofistificação e não no valor alimentício aferido pelas pesquisas da medicina,da biologia.Assim sendo,em vários outros exemplos,o mundo da mercadoria,que forma o profissional técnico,vende ilusões que ilusoriamente mantêm a circulação do dinheiro e a ilusão de que o acesso ao consumo garante a sobrevivência,mas não respondem pela qualidade de vida.O intelectual orgânico,nos dizeres de Gramsci,constroe suas teorias ancorado em seus interesses de classe.Reproduz as contradições de um discurso hegemônico.Em face disso é muito comum ouvir burocratas dizendo que a universidade é um fenômeno de elite e que o ensino técnico(aquele que produz a mercadoria)é mais interessante à classe trabalhadora que deve privilegiar sobreviver em lugar de ir à universidadeEsta falácia transforma a universidade num lugar para poucos.A questão de ordem é:ensino público e gratuito já!!!!Lugar de criança é na escola.Segundo Homi K Bhabha em O Local da Cultura a civilização ocidental constrói suas teoerias do viver sobre seus próprios interesses de poder.É,portanto,interessante a um capitalismo desenvolvimentista fazer acreditar que a sobrevivência humana está ancorada na boa qualidade da mercadoria e não na sua adequação científica à sobrevivência humanaCom a Revolução Industrial e a mudança da hegemonia de mãos é provável que o texto clássico tenha sido subliminarmente retraduzido em função dos interesses da nova classe emergente.Aos antigos nobres,sobrevem a burguesia industrial.À noção de Essência sobrevem a noção de Mercado.Entrtanto a noção de causalidade,as leis de funcionamento que levam à mercadoria permanecem nas mãos de uns poucos iniciados razoalvelmente pagos para permanecerem nos seus postos.Assim,o químico detem o conhecimento das causas de estruturação de determinadas fórmulas.Ao técnico são informadas as quantidades.Assim se mantém a ilusão de uma sobrevivência coletiva que o desemprego estrutural joga por terraO conhecimento das causalidade(Mundo das Essências) que engendra o mundo fenomênico(seres e coisas) fica nas mãos das inteligências razoavelmente bem pagas para subsistir

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Ali Longe

Ali longe....... em ruas desnudas...... em horas nuas..... solta um menino,um papagaio....... tão só,contra as montanhas....... não sabe que o tempo..... é indiferente não chora as causas perdidas...... ou ganhas...... e permanece passando....... sob as estrelas....... mesmo quando o bem te vi canta ....... helenice maria reis rocha

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Educação Técnica,Educação Propedêutica

A distinção entre educação técnica e educação propedêutica parece apontar para o fato de que a primeira se vincula ao mundo da mercadoria enquanto a segunda ao mundo da pesquisaÉ provável que a explosão de cursos técnicos tenha uma sintonia fina com as demandas do capitalismo desenvolvimentista.Assim sendo,cabe a seguinte pergunta:a universidade está sendo instrumento da construção de um saber que serve a quem!!!! Os cursos técnicos parecem estar vinculados à oferta de emprego nas empresas .Qual seria então a função do pesquisador imerso nas demandas inerentes à lógica do modo de produção capitalista.Este é o propósito deste estudo no qual tento mostrar como são aproveitadas no mercado de trabalho aqueles que vêm de uma formação técnica e,no bojo deste modo de produção,para onde vão as pessoas com formação acadêmica.Os cursos do Senac e do Senai oferecem formação em ofícios que vão desde o ensino de corte e costura à como fazer flores artificiais.Isto talvez seja um facilitador no sentido de situar estas pessoas numa linha de montagem.Todavia a pesquisa,indispensável à construção do saber numa educação propedêutica,não é mercadoriaEm que lugar se situa a educação propedêutica no modo de produção capitalista é a pergunta que me ocorre neste momentoNão se faz pesquisa em química,por exemplo,para satisfazer à demanda de uma indústria farmacêutica mas para se chegar à resultados indispensáveis à humanidadeSe apenas o mundo da mercadoria fosse a garantia do dilema civilizatório,homens ricos não morriam de câncer O Senai oferece cursos voltados à aprendizagem industrial predominantementeÉ de se supor que o acesso à educação propedêutica seja destinado à uma parcela menor da população.Neste caso,que estatística analisa qual a quantidade de médicos,professores,dentistas,...é realmente necessária para determinado número de pessoas numa populaçãoEm que proporção a educação propedêutica é necessária à sobrevivência da humanidade e qual é a parcela de recursos destinada à elaOs Educadores da Escola Nova bateram na tecla do aprender fazendo mas fica a pergunta:aprender o quê e fazer o quê!!!!A educação industrial garante mercados,a educação propedêutica garante serviços,ambos indispensáveis à vida humana desde que haja equanimidade no acesso à esses bensExiste uma diferença substancial entre qualificar ,por exemplo,uma solução medicamentosa por sua oferta e procura,em detrimento de procurá-la por resultados comprovados em pesquisa.Assim como existe uma pluralidade assustadora de produtos de mercado para todos os gostos é provável que o mesmo não se possa dizer em relação às necessidades Sob determinados aspectos,a lógica de pensamento científico segue um pouco a lógica de uma linha de montagem .Nas universidades existe uma Área de Concentração de conhecimento que estabelece um foco,muito parecido com o foco numa mercadoria das linhas de montagemAssim como na linha de montagem tudo o que não diz respeito à este foco é deixado à margem o que limita em larga escala o conhecimento interdisciplinar.A pesquisa pode também delegar conhecimento e demandar a informação de especialistas de áreas diferentes que se complementam nos resultados.Como dizia Paulo Freire o conhecimento não pode vir empacotado em departamentos estanques e incomunicáveis como em contas bancárias que só operacionalisam o fator quantidade Segundo Bhabha....Não passará a linguagem da teoria de mais um estratagema da elite ocidental culturalmente privilegiada para produzir um discurso do Outro que reforça sua própria equação conhecimento –poder!!!!(BHANHA,1998:45) O discurso das elites que jogam para as classes trabalhadoras o dilema da sobrevivência e para as elites a fruição,a ciência,explica que o MEC veja sentido em destina trezentos e vinte milhões de verba ao ensino técnico.Isto respalda a formação de mão de obra destinada às empresas do capitalismo desenvolvimentista.É necessária a mesma informação no que diz respeito à ensino e pesquisaAlgo que informe sobre qual é o montante de verba destinada à educação pública,ao ensino propedêuticoOs dilemas da ciência,que poderiam resolver os graves problemas da saúde pública,não encontram o mesmo referencial de verbas encontrado para enormes quadros técnicos que vão,por exemplo,aprender a fazer bolos confeitados ou flores de plástico para sobreviver no mundo da mercadoriaA proliferação massiva de quadros técnicos em nome da falácia segundo a qual interessa mais à classe trabalhadora sobreviver torna imanente a pergunta que esclareça qual o montante de verba é destinada aos cursos técnicos e qual o montante de verba é destinado à universidade pública.A grande maioria dos educadores brasileiros ainda espera a velha palavra de ordem:ensino público e gratuito em todos os níveis.Em que medida o bolsa família redistribui a riqueza destinada à educação ou nem chega aos primeiros patamares desta redistribuição é a pergunta que se fazSegundo alunos da UNIFESP este ano os poderes públicos cortaram pela metade as verbas destinadas à universidade federal Isto aponta para a tendência à manutenção de formação de quadros técnicos ajustados à demanda do capitalismo desenvolvimentistaSe os textos fundadores da epistemologia ocidental descrevem uma situação na qual somos cópias degradadas de uma essência e somente estes filósofos(Platão,Aristóteles) têm a chave desta essência,cabe a nós as tarefas técnicas e aguentar uma elite construida sobre este texto fundador Aos iluminados ,que são sete por cento da humanidade,o discurso da ciência,ao restante,que paga imposto,o trabalho nas empresasA distância abissal que existe entre fazer flores de plástico em série e conhecer o segredo das sementes que prdoduzem os melhores espécimes está na proficiência adquirida,por exemplo,num curso de biologiaResta saber,por exemplo,qual a percentagem de jovens está escolhendo o caminho técnico e qual a percentagem está conseguindo entrar dentro da universidadeEsiste uma diferença séria entre treinar técnicos para produzer computadores e formar pessoas para conhecer profundamente a ciência da computaçãoA primeira escolha forma produtores de mercadorias A segunda escolha forma pessoas que vão contribuir para expandir as possibilidades de comunicação no mundo contemporâneoExiste uma diferença abissal entre produzir lentes adequadas a allguém com problemas de visão e conhecer as razões da ótica que levam às opçõoes degrausA formação técnica leva aos procedimento A formação propedêutica leva às causasPorque razão tão pouca gente tem acesso à educação propedêutica me leva a pensar num sentido gramisciano sobre o pensamento hegemônico que embasa o que se pensa sobre educação no BrasilQual é o precentual de inelectuais orgânicos que organiza este discurso hegemônico e qual o seu poder de decisão

domingo, 15 de junho de 2014

Ondas Musicais

Penso em música como um sentimento de onda marulhando ao crepúsculo.......Vou partir de qualquer nota.....De Mi.por exemplo.....Sete ppr quatro.....Mi,Sol ,Si,Ré,Fá...........Seguido de......Ré,Fá,Si.,Ré Sol.....Seguido de Ré,Fá,Lá,Si Ré Fá,todos superpostos Fazer isto com as notas sucessivas,próxima,Fà,Lá,Dó,Mi,Sol,.....Até chegar ao Mi outra vez .......Vocalise.......Ê,A,Ê,AÊ,A.........Helenice Maria

sábado, 14 de junho de 2014

Papéis

Não é a etiquetagam de preços e custos que determina a possibilidade de acesso aos bens necessários à vida mas o trabalho .....Posso ter um montão de verdinhas mas se não tiver o marceneiro não tenho a mesa...O grande problema do sistema financeiro internacional é não compreender isto....Não é um montão de papPapéisel que garante a vida,mas o trabalho...Helenice Maria.

As Tumbas

Meu pai era uma figura humana singular.......Se tivesse conflito com os mortos não faria o que vou descrever....Amanhecia rezando,sozinho,no cemitério do Bonfim e voltava falando prá mamãe que sentia muita paz lá.....Olhava o nascer do sol sobre as tumbas e sentia beleza e paz....ìamos muitas vezes p'ro alto da Afonso Pena olhar a cidade,e as estrelas....Alguns policiais achavam que éramos namorados....Explicávamos que éramos pai e filha....Os poetas Simbolistas visitavam os cemitérios de Paris.....pelas madrugadas Helenice Maria

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Pensando....

Muitas vezes me perguntei se a elevação de preços e custos para os países pobres ,em razão dos preços e custos praticados pelos países mais ricos teria alguma forma de ser contida pelas políticas externas dos países mais pobres O Brasil exportou muito nos últimos anosE mesmo que já tenha a sua própria indústria,pratica os custos e preços determinados pelos países ricos Esta é uma política de exclusãoUma cultura de PAZ e UNIÃO ENTRE OS POVOS,sobretudo os mais sobrecarregados poderia controlar custos e preços,privilegiar mercados internos e,ou garantir trocas que não gerem exclusão e miserabilidadeHelenice Maria Reis Rocha

terça-feira, 3 de junho de 2014

Desenho 2008

Sinapses

Se as sinapses,comforme me disse o Gil,se expressam em cores,podem ser retraduzidas em sons Se estão ligadas a alguma linguagem,tipo,sentimentos,sensações podem ser retraduzidas em sons que podem ser usados para a resolução de distúrbios Tipo,deprê,hipoatividade,hiper atividade......A Arte Cura

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Rebeldia

Não tenho filhos........ ou um casamento bissexto......... mesmo assim amo as damas da noite........ as praças longínquas......... silenciosas.......... faço meu auto de fé na vida......... em meu cantinho.......... augurando novas falas terçãs....... como as febres desta bendita rebeldia.......... que me torna exilada de todos os modelos.......... amei......... nem sempre fui amada........ prossigo......... como prosseguem as flores nas laranjeiras........... aqueles que prosseguem na esperança........... persigo o desvendamento........ do inefável .......... helenice maria reis rocha

sábado, 24 de maio de 2014

Que me venham as flores

Quando penso nas populações planetárias miserabilisadas pelos custos e preços dos países ricos.......,no desemprego estrutural....,percebo que na realidade......,quem sustenta esta correlação de forças....... é quem não representa custo ou preço algum.......Aqueles que estão morrendo de fome,.......de frio e de sede.......A riqueza estagnada nas mãos de poucos e produzida por muitos,......... o calculismo de manter mercados que garantam esta estagnação ........,são os causadores de toda a tragédia planetária......Que me venham as flores. Helenice Maria Reis Rocha

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Canto

Canto E minha mãe,depois do derrame,cantava,tartamudeando velhas cantigas de resistência popular........anônimas.....das tradições da oralidade....o que é em si.....um sentido cultural....espiritual.....e político Helenice Maria Reis Rocha

Leveza

Leveza A leveza da voz de minha mãe cantando perdida no tempo......... Não ouvi barulho de máquinas ou repetição sistemática de sons....... mas uma voz,encorpada,suave,cantando......... Cantigas de lavadeiras,kalundus,cantigas de quintal,cirandas......... Conheço toda a tradição oral do século dezenove por causa dela.......... Memória de esquecidos,tradição anônima,belíssima.......... sem inscrição no aparato midiático,mercadológico......... cantigas de gente pobre,despossuída.......... Me remete à mim mesma,ao meu corpo......... à minha alma....... O barulho das máquinas nas linhas de produção.......... desnorteia,exila o sujeito de si mesmo....... Uma vez,um chaufer de taxi me contou o seguinte:uma operária morreu no meio........ de uma linha de montagem.......... O coordenador dos trabalhos disse:continuem a produção......... Queria ver ele dizer isto prá uma lavadeira cantando.......... Helenice Maria Reis Rocha

Leveza

Leveza A leveza da voz de minha mãe cantando perdida no tempo Não ouvi barulho de máquinas ou repetição sistemática de sons mas uma voz,encorpada,suave,cantando Cantigas de lavadeiras,kalundus,cantigas de quintal,cirandas Conheço toda a tradição oral do século dezenove por causa dela Memória de esquecidos,tradição anônima,belíssima sem inscrição no aparato midiático,mercadológico cantigas de gente pobre,despossuída Me remete à mim mesma,ao meu corpo à minha alma O barulho das máquinas nas linhas de produção desnorteia,exila o sujeito de si mesmo Uma vez,um chaufer de taxi me contou o seguinte:uma operária morreu no meio de uma linha de montagem O coordenador dos trabalhos disse:continuem a produção Queria ver ele dizer isto prá uma lavadeira cantando Helenice Maria Reis Rocha

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Simbiose

No mundo da mercadoria as relações familiares ficam prejudicadas por um foco,a linha de montagem que casa homem versus objeto(mercadoria) de uma forma quase simbiótica

canto simples

canto simples canto ........ entresonhos de blues distantes...... o canto só........ entresanhas de fúrias primevas....... o canto de Jó......... cantos entre as arestas do silêncio....... entreruas de milênios........ o luar de amanhã...... que virá .......... Helenice Maria Reis Rocha

terça-feira, 15 de abril de 2014

o suor do verbo

brinco...... ainda entre as fímbrias....... da palavra...... ali onde o suor do verbo..... alisa as arestas do sono......... fico ainda...... entre o suor do gesto..... ali,onde o intraduzível........ se transforma em jeito........ canto ainda....... velhas cantigas de outrora....... onde as aldeias gemem...... o alho da sopa ao sabor da tarde........ canto ainda....... a velha chama....... a velha chama....... está na hora do jantar....... Helenice Maria Reis Rocha

domingo, 13 de abril de 2014

Minha Mãe Menina

Fico me lembrando de minha mãe levando meu irmão e eu prá assistir Tom e Jewry e vejo hoje em dia que a realidade não é um lindo desenho animado........Mas vejo hoje a gentileza desta valorosa mulher.....calando as próprias dores prá nos proporcionar um pouco de sonho....E muito menina que ela era devia se divertir também.....Quando faço composição sinfônica procuro mudar paradigmas de linguagem....Isto me dá a sensação de felicidade que todo ser humano tem de fazer algo bem feito....Não quero socialisar resultados imediatistas....E a sobriedade de minha mãe menina me dá esta liberdade interiorH Maria

Linha de Montagem

As linhas de montagem são fracionadas porque o raríssimo sujeito que compreendesse todas as etapas,venderia a idéia

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Eterna Aprendiz

Certa vez me perguntaram onde queria chegar......Quero chegar dentro de mim....Ao autoconhecimento.....Tenho alcançado uma certa dignidade no mundo das letras.....mas meu engajamento é guestaltico.....Sou uma eterna aprendiz de poesia....Sempre que penso saber alguma coisa tenho que repensar....Meu lugar é o de uma eterna aprendiz HMaria

sábado, 5 de abril de 2014

Aula da Virgínia Bernardes

Estamos numa aula da Virgínia Bernardes .........Ela diz......Façam o motivo na dominante do modo frígio.....Professores de vários cursos têm que raciocinar em que ponto da escala está o modo frígio e começar a compor no quinto grau....Ela acelerou a compreensão da linguagem musical em todos nós....com aquele olhar transparente,pungente mesmo...Cada grupo compunha um motivo....Então ela dizia.....Façam uma variação e voltem ao motivo.... Num determinado momento ela deu para o nosso grupo um terço enorme de madeira......pediu que produzíssemos som...Soltamos o terço sobre a mesa e se ouviu um barulho de dinamite....Ela disse,....não...devagar....A EXPERIÊNCIA DA HARMONIA É DELICADA....Vi um objeto estranho no alto do meu apartamento,no alto da Afonso Pena......Mandei prá ela....Todos os pesquisadores que viram confirmaram a seriedade daquele filme.....HMARIA

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Prenda Lua

vamos brincar de lua......... de lua vamos brincar......... prenda sua....... prenda minha........ quando a rua clarear........ jogo o botão de rosa......... na porta da sua casa......... pego a prenda de manhã....... um doce há de me dar........ vamos brincar de lua......... de lua vamos brincar......... deixo folha de jasmin........... no espaldar da janela......... pego a prenda de manhã......... quando o dia clarear.......... um beijo há de me dar...........helenice maria reis rocha

Artes e Ofícios

Acordo com minha mãe cantando......Ofícios operários....era costureira....e como as mulheres do nordeste....bordadeira.....Cantava.....Tá,Tá,Tá,Tána hora.......Vá.VáVále....Tudo agora....Eu sou .....mo,mole....prá,prá falar......mas sou um pintacuda prá beijar...As Artes do Amor....Eram Mestres...Trabalhávamos todos mais de dez horas por dia...e vivíamos com muito pouco dinheiro....Toda a minha família é de origem operária....Toda...Não fizemos fortuna....Fizemos a América....Há construções de meu pai por toda a cidade.....como Engenheiro Civil....

terça-feira, 1 de abril de 2014

tarefa 3 2014 continuação

Tarefa 3 Continuação Voltando à qustão da associação com as perguntas o fato de ter tido aulas de desenho me levou,de uma certa forma,a aprender a ensinar.Quando o Claudionor Cunha me dizia:Helenice,com dois ou três traços,represente a pontinha daquela xícara,estava me induzindo à percepção visual e me dando elementos para fazer a mesma coisa com o aluno,ou,os alunos.A partir de um foco,um objeto situado num ponto da sala,um professor pode induzir desta forma,vários alunos à percepção visual.Mas a vida também ensina.Ficava horas e horas descrevendo formas com meu pai,observando as pedras do muro,ou os desenhos que se formam nas madeiras.Um interessante exercício de guestalt.Isto responde em parte sobre a relação entre as minhas possíveis práticas de ensino(plano de aula)Quando Ana Mae fala em contextualisar o que me ocorre é que talvez seja impossível descontextualisar,uma vez que estamos cercados de objetos,realidades que nos circundam apesar de nós.Se já participei de algum projeto de pesquisa.Bem,toda a minha vida foi um ato investigatório de pesquisa,no desenho,na música(análise musical)O que foi novo prá mim é que meu orientador de mestrado me tirou da pretensão à originalidade porque ele me dizia:olha,isto que você está dizendo eu já li aqui,ali e citava os autores.Mesmo a pintura não mimética parte de alguns elementos básicos de criação.A pesquisa sistemática,com vistas à obtenção de um título,só vivenciei na universidade mas as bases são muito parecidas observação e análise.A diferença talvez consista no fato de que,em casa,todo o meu esforço de observação e análise não visasse à obtenção de um título. Quanto ao que eu não gosto na prática da pesquisa penso na lógica de pensamento científico que embasa os métodos.Somos muito marcados por pensadores norte americanos Esta lógica de pensamento científico me parece muito ligada ao modo de produção capitalista.Um foco de atenção(linha de produção,mercadoria) que secciona os estudos em áreas de concentração.Gostaria de lidar com uma lógica de pensamento científico capaz de interrelacionar coisas.Os educadores da Escola Nova,Escola Plural não questionam as contradições do modo de produção de mundo capitalista.Em casa,além de estudadr toda a produção sinfônica do bloco comunista estudei a vanguarda dos guetos afro americanos.Músicos que não faziam uma música mercadológica.Na Letras,começamos estudando o Estruturalismo e o Formalismo russos,Tzvetan Todorov....No meu singelo entendimento,música,pintura,poesia....são áreas afins Os poetas têm o que aprender com os pintores....os músicos têm o que aprender com os poetas....está tudo interligado.Li um livro chamado,A Palavra Pintada,participei de um Simpósio chamado Poéticas da Palavra Cantada mas a noção de Foco(mercadoria,Linha de Produção),Área de Concentração,secciona o conhecimento em áreas estanques,incomunicáveis .É disto que não gosto em pesquisa. Quanto ao que li e ouvi até agora sobre as diferenças entre métodos de ensino me pareceu se situarem em polos opostos.De um lado uma perspectiva acrítica,que valoriza a liberdade de expressão,de outro lao uma perspectiva totalmente crítica quanto aos fazeres contemporâneos embasada pela leitura das condições reais de ensino da Arte nos dias de hoje.A minha formação não me situa neste espontaneismo.A partir do momento em que me era pedido sugerir com dois ou três traços o objeto observado posso dizer que tive uma formação impressionista que me encaminha para a pintura abstrata mas tive a oportunidade de vivenciar experiências completamente diferentes que deram resultado. Então,nem tanto ao mar nem tanto à terra.Temos que saber a todo momento onde estamos e qual é o sentido de nossa experiência no contexto onde nos inserimos

segunda-feira, 24 de março de 2014

Poesia de Madrugada

Acordei A esta hora.quando minha mãe estava viva,dormindo,eu fazia poesia,de madrugada.........Bem pequenininha,melembro......ela fazia uma movimentação de mãos meio hipnótica....parecia mímica .....e eu obedecia em tudo....Tinha um jeito delicadíssimo de dizser não....Dizia....Olha o dedinho.....ou....olha o pezinho....E fazia um movimento negativo....Cantou toda a tradição oral que estudei no mestrado....já sabia.....Vi o caderno de meu pai com vários encadeamentos de acordes...a explicação do que é uma cadência....Estou juntando a tradição oral que ela cantou....parlendas,mnemonias....cantigas de roda.....de beira de rio e os conhecimentos de orquestração dos cadernos de meu pai.... e fazendo composição......Mas sinto muita falta deles....Encantaram....como diria Guimarães Rosa....E eu fiquei aqui....De manhã cedinho ela cantava....Eu não quero saber quem tu és....de onde vens nem prá onde tu vais....sei apenas.....que são tão cruéis....os teus beijos mas beija-me mais....eu não quero saber qual o fim....que terei nos teus braços fatais....tudo és para mim....sou feliz assim....infeliz por te amar demais....Conheci duas gerações de música popular ....Isto me lembra o Godard....Duas ou Três coisas que sei dela....HMaria

poeminha concreto

poeminha concreto a pomba a bomba...... a pombabomba...... aonde anda a pomba a pomba...... a bomba a bomba....... anda aonde....... a pomba a pomba...... helenice maria reis rocha

quinta-feira, 20 de março de 2014

A PAZ

A PAZ sinto paz no voo das aves nas risadas numa arfante cantiga ao final da tarde sinto paz na lágrima na compaixão no arulhar dos pombos nas praças nos anciãos espalhando migalhas de pão nas manhãs nos ventos levantado poeira no cheiro de café em algum bar num bairro distante converso com os mendigos na noite e deploro a bomba helenice maria reis rocha

domingo, 16 de março de 2014

VOZ

Bem cedinho....criança.....o cheiro de café invadia a casa.....minha mãe cantando,dizia.... Pus a cama na varanda e esqueci o cobertor,bateu vento na roseira e eu acordei cheia de flor....Impossível definir a voz de minha mãe....argêntea e também doce....como se fosse uma mestra do canto....Não me permitiu nunca gravar....só posso descrever....Cantava....A saudade é dor pungente moreno....a saudade mata a gente....Ela tinha uma beleza madura,muito mulher....e ao mesmo tempo muito delicada....Inesqucível.....HMaria

sábado, 15 de março de 2014

descascando batatas

cá estamos......descascando batatas e cantando...minha mãe cristal canta....ha,ha,ha,minha machadinha.....quem te pôs a mão sabendo que és minha....sabendo que és minha eu também sou tua....pula helenice para o meio da rua....a machadinha un instrumento de trabalho,por excelência,e a rua,para além dos muros da propriedade,como território,........cultura popular....resistência....tenho sete anos

quinta-feira, 13 de março de 2014

duas mulheres cantando juntas

Cantando Juntas,minha mãe e eu.....Sentada no colo dela com três anos,segurava suas duas mãos e empinava o corpo prá trás e depois voltava.....Serra,serra,serrador,......quantas tábuas já serrou.....Quase monocórdico.....A explicitação de um trabalho,.....não de uma relação de trabalho......Uma Linda Mulher....HMaria

Suave é a Tarde

Tarde Leve.....Minha mãe canta....Balaio,meu bem balaio,....balaio que eu quero ver....ajeita os cabelos,a saia no corpo...e carrega uma cesta de roupas....Fiz meu mestrado,com área de concentração em tradições da oralidade....e já conhecia tudo o que lia nos compiladores mais importantes...Tinha ouvido minha mãe cantar tudo....Lá atrás daquele morro tem um pé de manacá....nós vamu casá.....nós vamu prá lá....cê qué,.....HMaria

sábado, 8 de março de 2014

Rincão

Rincão Estou aqui,num belíssimo rincão brasileiro......Acabei de apresentar um trabalho sobre Fernando Sabino em Congresso.....Recuo no tempo....Minha mãe,....flor entalada na minha garaganta,canta......Ave Verun.......de Mozart.....Voz doce e cristal.......Mistério de silêncio e Resistência.....Tenho três anos....Presumo que estamos à esquerda da esquerda....DurmoHMaria

domingo, 2 de março de 2014

a nudez do tempo que se esvai

A Nudez do Tempo que se Esvai....... A nudez do tempo dança em minhas vértebras....... síntese de uma chama....... ardente entre o segundo de antes e o de depois....... arde como perda latente,entre....... o que passa e o que vai....... jamais fica....... vejo a lua....... iluminando o asfalto de madrugada....... belo mistério de abandono....... e noite....... de todos os pontos vejo a noite....... e entre o minuto de antes e de depois....... dança a indefinível nudez do tempo....... helenice maria reis rocha

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

fernando sabino crônica continuação

fernando sabino crônica continuação Cumpre observar que em todas as situações típicas do pleno exercício de cidadania,o personagem se esgueira,se esconde,como se fosse um ante cidadão Quase um inseto como o personagem da Metamorfose de Kafka que,de tanto imaginar disfarces para se esconder do patrão por estar doente,acaba se transformando num inseto em cima da camaNo A Metamorfose o personagem principal vive um complexo sentimento de culpa por estar doente e imagina o tempo todo o patrão chegando para lhe cobrar a ausência em dias de trabalho Imagina o patrão chegando,ouve os passos deste patrão e sofre Em Fernando Sabino o personagem principai entra em agonia por causa de uma prestação atrazada e por causa de todas as consequências legais disto e no momento de pegar o jornal,por um ato falho de culpa,se fecha no do lado de fora do apartamentoNos momentos em que se esgueira pelos territórios que percorre,me lembra os movimentos de todos os perseguidos Pessoas seguidas na rua por oposição política A própria movimentação corporal do personagem de O Processo de KafkaOlhadas para trás,de soslaio.movimentos de soslaio,busca de posições corporais de pouca visibilidade.Exatamente como o personagem do processo de Kafka que,inclusive,vive o mesmo drama de tentar transpor uma porta e é sistematicamente barrado por um juiz,no caso do nosso personagem em questão.uma fatalidade.Aporta se fecha e nada a faz abrir.Exatamente como nos regimes totalitários nos quais,através da censura,as portas se fecham e nada as faz abrir.Homi K. Bhabha nos pergunta: Como é encenada a agência histórica na exiguidade da narrativa!!!!De que forma historicizamos o acontecimento dos desistoricizados!!!!(Bhabha,2000,pág:274) Ná década de sessenta o discurso do"otimismo" das esferas militares que nos diziam não haver crime de tortura no país,o desenvolvimentismo que opunha "mundo livre" aqui compreendido como mundo capitalista,em oposição à mundo marcado pela ausência de liberdade como mundo comunista levou à maioria das pessoas a não ter acesso às informações,à realizar uma operação de desligamento da compreensão da realidade que redundou num processo de desistorização.Não entendíamos porque nossos pais tinham medo de atender telefone,de muitas perguntas...enfim...A literatura começõu a dizer coisas por metáforas....De maneira indireta...Através de um processo parecido com o da metáfora,tomava-se como foco,por exemplo,uma pequena narrativa que não tinha nenhuma ligação direta com o processo histórico então vivido,mas por inferência,e por alguns sinais indicados no próprio texto,o autor nos levava ao que realmente queria dizer.No caso de Fernando Sabino a referência à Kafka é decisiva.Por estranhamento poderámos sempre nos perguntar:porquê uma situação aparentemente cômica nos levaria à uma crítica velada à ditadura milita!!!.Assim como,durante estas ditaduras,homens e mulheres nus eram alijados de seus direitos civis podemos perceber que a nudez não é bem vista pelo Estado Como diria Nelson Rodrigues,Toda Nudez Será Castigada...Assim sendo,através de vivências num asilo de idosos Coutinho fala da exploração na ditadura salazarista,através da metáfora de "um cão sem plumas" João Cabral de Melo Neto fala da miséria no nordeste,através da figura de um homem nu na polis,Sabino nos fala do sentido da nudez num estado ditatorial Quando o autor associa à uma pessoa idosa a possibilidade de as coisas evoluirem para um estado de polícia,me ocorre o termo ancient regime.O terror das ditaduras monárquicas que lembram,no nosso caso oligarquias oriundas das sesmarias e toda a entourage que,aspirando à velha nobreza,baixa o cacete nos seus próprios filhos.Enfim o jornal,instrumento privilegiado do mundo civilizadi,chega e a porta se abre,pela mesma obra de fatalidade com que fechou.E o arquétipo de 'homem julgado pelo Estado' e despojado de seus direitos civis por este mesmo Estado,se resolve parcialmente,intramuros

os sentidos da nudez na crônica de fernando sabino

Os Sentidos da Nudez em Fernando Sabino Helenice Maria Reis Rocha Pretendo, neste estudo, mostrar os sentidos produzidos por Fernando Sabino entre nudez, estado, identidade e filosofia, partindo da crônica: “O Homem Nu” e das relações que esta crônica estabelece entre nudez, totalitarismo de estado e non sense uma vez que referencia Kafka e a sua metáfora de autoritarismo de Estado através do absurdo (O Processo), de uma ameaça policial de uma senhora idosa e da própria referência verbal ao autoritarismo de Estado e à nudez. A partir de uma porta que se fecha casualmente, num incidente do cotidiano, o homem nu se vê diante da própria nudez quando toda a noção de cidadania se recoloca nos seguintes termos: a partir de que ponto de vista a nudez pode ser considerada crime passível de punição .Se o estado pune a nudez por uma questão de "costumes" não puniu, à época em que esta crônica foi escrita, julgamentos kafkianos, sumários, pela simples emissão de uma opinião. Com a identidade fragmentada entre o espaço privado da propriedade e a lei que regulamenta a relação do corpo humano com a polis estabelece-se uma confrontação entre nudez privada e pública, como se a responsabilidade do cidadão com a própria exposição cessasse intramuros. Talvez seja imanente a noção de que a responsabilidade do Estado com o cidadão seja menor diante da propriedade privada. Tentarei explicitar uma alegoria da clandestinidade que me parece imanente ao texto nos momentos em que o personagem tenta se eximir da à própria nudez escondendo-se. A oposição - olhar do vizinho, portanto, proprietário, territorializado, homem nu, fora de casa... - me remete às situações de exílio nas décadas de sessenta e setenta, ao olhar que se dirige aos expatriados, desterritorializados, ou seja, fora de solo pátrio (casa), estranho, bárbaro, fora da lei. Ocorre-me aqui, agora, o texto de Júlia Kristewa, “Estrangeiros para Nós Mesmos” e o slogan recorrente na época, “Brasil, Ame-o ou Deixe-o”. Segundo o costume às portas fechadas tudo é possível. Intramuros podemos nos arguir se a recíproca não é verdadeira. Nesta crônica o estranho está nu, expatriado e a descoberto da Lei. Resta-lhe esconder o corpo, clandestinar-se porque está nu, desarmado e sem defesas, como os mendigos, as populações de rua, exposto à qualquer coisa. De um ponto de vista policial, fere os bons costumes, de um ponto de vista societário, não paga a própria territorialidade pelo imposto, uma vez que está fora dela. Resta-lhe esconder ou camuflar a nudez deixando de existir como corporeidade. E portando como certidão de nascimento, casamento, carteira de trabalho... Um morto em efígie. Este o estratagema da cultura que opõe - nu igual _a fora da Lei, feridor dos bons costumes, vestido, coberto pelos direitos constitucionais, pelos direitos inerentes à territorialidade... Faz-me lembrar a seguinte colocação filosófica de Homi K.Bnabna: “Não passará a linguagem da teoria de mais um estratagema da elite ocidental culturalmente privilegiada para produzir um discurso do outro que reforça sua própria equação conhecimento-poder!”. (BHABHA, 1998, p. 41) A nudez nos aproxima de todos os despossuídos que estão à margem das garantias das leis de propriedade, de poder político, de poder econômico. O hapenning de Francisco de Assis se confronta com a propriedade e com a desigualdade dentro dela. Intramuros tudo é possível... Quando o homem nu se esconde embaixo da escada, no desvão, significa tudo o que é clandestino, marginalizado, uma vez que este é o lugar da escada que não tem o sentido que a cidadania dá ao uso. Está nu. Debaixo da escada e é um brasileiro. Um brasileiro nu. Quando Canclini nos diz: “Ter uma identidade seria, antes de mais nada, ter um país. uma cidade ou um bairro,em que tudo é compartilhado pelos que habitam este lugar se tornasse idêntico ou intercambiável.Nestes territórios a identidade é posta em cena,celebrada nas festas e dramatizada também nos rituais cotidianos”. (CANCLINI, 1997, p.160) Podemos nos perguntar: porque a nudez não é compartilhada? Porque o lugar dos desnudados é um não lugar. É o lugar dos mendigos, daqueles que estão à deriva, dos que deixam os pertences na porta de entrada. Se, mesmo sem ter cometido crime algum, estou nu na polis, posso ser preso por atentado ao pudor, eu, nós que nascemos nus. Perdem-se todos os direitos de cidadania carteira de identidade, título de eleitor, mas se estiver muito bem vestido e com uma dívida enorme, esta dívida é negociável. Este o território da nudez na polis. Este sentido de ruptura com todas as formas de compartilhamento e identificação se dá, mesmo que o individuo nu tenha pagado o seu imposto e cumprido com seus deveres eleitorais se dá porque a nudez está associada a toda uma gama de significações negativas já facilmente demarcáveis pelo caldo de cultura da aldeia global. O Homem Nu tenta se esconder no desvão da escada,tenta subir no elevado num momento em que não haja ninguém, se esgueira de todas as formas para não ser percebido. Mesmo tendo pagado o imposto e estando em dia com as obrigações eleitorais a crônica descreve este evento, um homem que, por acaso, tem uma porta de casa batida e fica do lado de fora, por acidente só que está nu. A aparente banalidade da narração foi um recurso muito usado por escritores das décadas de sessenta e setenta para camuflar alegorias das ditaduras latinas americanas e ibéricas. Esta aparente banalidade tem como imanência o fato de que esta nudez não foi buscada, mas imposta por um acidente do destino, exatamente como a nudez de toda a sorte de despossuídos. No momento em que a porta se fecha o personagem assim se expressa: “Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento. Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor.Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito,mas ninguém veio abrir.Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão.Bateu com o nó dos dedos: -Maria! Abre aí Maria, Sou eu - chamou em voz baixa. Quanto mais batia,mais silêncio fazia lá dentro.(SABINO,1960, p. 65) Podemos observar aí os signos do terror... Ansiedade... Em contraste com a súbita interrupção dos ruídos familiares, intramuros, desterritorialização, expatriamento. Agia quase como um refugiado político. Vejamos: “Refugiado no lanço da escada entre dois andares, esperou que o elevador passasse...” (SABINO, 1960, p. 65). Exatamente o entre lugar daqueles que, não sendo expulsos, não são propriamente aceitos, os refugiados políticos. A aparente banalidade desta situação assim narrada, na década de sessenta, num contexto de ditaduras, guerra fria, aproxima esta crônica da linguagem metafórica da poesia, no mais das vezes usada como forma camuflada de dizer verdades duras em momentos perigosos. Segundo Otavio Paz: “La poesia moderna ha sido e es una pasión revolucionária, pero esta pasión ha sido desdichada. Afinidad y ruptura...” (PAZ, 1974, p. 69). O personagem fica neste lugar de afinidade e ruptura, entrelugar de territorialidade (casa) passada e de desterro presente, mesmo que momentâneo à antiga familiaridade: “Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho....” (SABINO, 1960, p. 65), Sobrevém o pânico, a perda de referências, a incerteza, a identidade fragmentada, nos dizeres de Stuart Hall, entre o antes e o depois. O Narrador sai de si, da sua própria experiência e une numa operação dialética vários sentidos que não se dão à superfície da linguagem e que são resgatáveis a partir de uma leitura mais acurada. Segundo Benjamin... o narrador figura entre os mestres e os sábios. Ele sabe dar conselhos: não para alguns casos, mas para muitos casos, como o sábio, pois pode recorrer ao acervo de toda uma vida (uma vida que não inclui apenas a própria experiência, mas em grande parte a experiência alheia). Com isto quero dizer que Sabino expressou, para além da banalidade de uma crônica do cotidiano, a experiência de uma geração e possivelmente de todo um processo civilizatório. No momento em que a porta se fecha o autor, através do personagem, nos diz... “Começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror”. (SABINO, 1960, p. 65) A pergunta que não quer calar é: por que razão um relato banal de um incidente cotidiano, que poderia ser considerado até engraçado, no remete a Regime de Terror e a Kafka senão para nos provocar um deslizamento a uma outra dimensão da linguagem, a um subentendido? O personagem de Kafka é submetido e condenado, sem crime algum, por juízes que não se identificam. Toda uma problemática política e civilizatória é imanente a esta crônica sem que isto seja dito diretamente. Ocorre-me neste momento até uma semelhança estrutural com a poesia de Manuel Bandeira que, dentro do arcabouço da linguagem coloquial chega a relatos dramáticos de circunstâncias existenciais de extremos. É interessante registrar aqui também que a situação dentro da casa, da propriedade, é de paz e segurança o que me parece der uma velada ironia que se faz entre o sentido que o mundo contemporâneo dá à propriedade ou à ausência dela. O autor contrapõe claramente, nudez, mundo de fora dos muros da propriedade à segurança, interior, lar aos expropriados o rigor da nudez, aos apropriados o calor da intimidade. Para chegar a estas conclusões vali-me de um "recuo nadificador" nos dizeres de Sartre, através do qual transformei em nada o relato imediato e comecei a estabelecer as correlações possíveis com o contexto político das décadas de sessenta e setenta. Segundo Stuart Hall: "o sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado, composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não resolvidas”. (HALL, 1997, p.13) A identidade do personagem é fragmentada entre, dentro, fora, nu, vestido, seguro, em risco, enfim, vários pares de sentidos que se contrapõem mostrando toda a ambiguidade espiritual e ética das décadas de sessenta e setenta. Segundo Julia Kristeva: "os fundamentalistas são mais fundamentais quando perdem toda a ligação material, inventando para si próprios um nós puramente simbólico que, enraiza-se num rito até atingir a sua essência, que é o sacrifício”. (KRISTEVA, 1994, p.30) Partindo da falsa noção de participar de um agrupamento humano em segurança por possuir uma propriedade e a chave desta propriedade, o personagem quase protagoniza uma tragédia por razão de um simples incidente. Cabe a singela pergunta. Quem somos nós?

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

deiscência

A deiscência .... A deiscência da carne aberta em flor.... me faz pagã.... sobrevivi.... à bofetada.... e também à carícia.... tresloucado logus que a tudo sobrevive.... pairando à flor do impacto.... à palavra maldita.... ao gesto que mata.... vocação indelével para a vida.... eros por excelência.... vencendo o punhal e o tiro.... entre os lábios.... uma flor.... de lótus.... imponderável leveza.... alçando esta deiscência... ao dia que nasce.... depois da peleja.... Helenice Maria

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A Princesa Isabel

Caracas!!!!.....Depois da Lei Áurea foi todo mundo para as favelas!!!......A Princesa a gente sabe que tá no Céu!!!!.....HMaria

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Baby,Babyyyyy,I Love You

Eis que de repente papai começa a me falar Na Gal .......Me explica que......saber da piscina......tomar um sorvete....na lanchonete.....é mais importante do que fazer guerras... Disse que estava me achando uma menininha muito séria....e não é´sério isto...Nós dois indo prá Lavras,na estrada...manhazin....construiu parte de um colégio lá....Ouvir....aquela canção do Roberto.....fazer uma....várias declarações de amor....e aquele sério engenheiro civil.músico sinfônico....vira uma criança...HMaria

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Quando Chove

Quando chove....... Quando a chuva desce....... e uma gota de água cai no alto da parede....... bendigo a solidão desta gota....... os gestos anímicos e os sons também anímicos........ de minha mãe........ voz hipnótica e cristal....... mesmo depois de um derrame...... um pequeno inseto passa lentamente...... síntese e doçura de todos os esquecidos...... e peço brandura aos corações...... à direita,à esquerda,ao centro....... ao leste,ao oeste....... em todos os lugares onde o vento batiza o abandono...... e o doce triunfo dos humildes ....... Helenice Maria

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Minerva

Minerva Com a sutileza de Minerva Cassinha me toma a alma....Como os orientais,sustentamos a nossa história com uma varinha de bambu....cada um é responsável pelos próprios atos....Institucionais ou não....Não somos Nêmesis,a vingadoora, mas....Athenae,....a justiça correta....e nos amamos,o que é só uma questão pessoal....E não ha crime em gosto pessoal,chegar tarde às festas,não ter dinheiro,ou ter...mas há crime na destruição da vida,na tortura.....Pagamos nossos impostos,amamos nossos entes queridos,prestamos serviços corretos...Estamos aí....Sob as estrelas....HMaria

domingo, 9 de fevereiro de 2014

madrugadas em minas

Madrugadas Muitas vezes,nas madrugadas de Minas,......fazendo com papai,de dez anos aos vinte e sete(1963 á`1981)...... altos estudos em música sinfônica....,me perguntei que tipo de trabalhador eu sou.....Enquanto trabalhamos....ele foi um músico muito bem sucedido....E estou fazendo Composição Sinfônica...Ele prestou grandes serviços à músicamineira....Foi presidente da Sociedade Mineira de Concertos Sinfônicos...entre outras coisas...trabalhávamos a noite toda...Depois que papai morreu,minha mãe foi acometida de sérios problemas na coluna....enfrentei tudo com ela...E com uma renda um pouco menor do que a de um professor assistente....sou Mestre em Letras,Poéticas da Modernidade(UFMG) ... produzi em publicações....o mesmo que um professor assistente...Portanto,estou chegando junto a todos os trabalhadores brasileiros em questão de valor trabalho....e de valor moral... mesmo sem ter tido direito aos vínculos empregatícios que o modo de produção capitalista oferece...Estou escrevendo um livro de Teoria Musical para Crianças e tenho a alegria de fazer um trabalho muito responsável como poetisa...Uma metapoesia...muitas vezes escolhi estratégias de linguagem poética conversando com meus companheiros....Grandes Companheiros....aliás...HMaria

sábado, 8 de fevereiro de 2014

brincando nos campos dos acordes

Vamos brincar mais um pouco com os acordes.....Suponhamos um acorde de cinco notas....dó,mi,sol......vamos colocar a primeira nota no último lugar....mi,soldó.....Entre o dó e o mi temos o ré....A próxima nota mais próxima do mi do acorde anterior....e do sol e do si,do acorde posterior é o Fá,....... e terminando com si......,temos um grau conjunto ascendente de si para dó .....mas ainda resta uma grande distância de sol a si......Então,sugiro,antes deste acorde dó mi lá.....Entre a última sexta e a sexta anterior....colocar mi,sol,si....Sugiro começar tudo de novo levando a primeira nota de mi,sol,si ao último lugar....os mesmos procedimentos.....Soprano,mezzosoprano,contralto....Usar bemois ou sustenidos à bel prazer....Vocalise êaêaêaêaêa.....HMaria

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

repeteco

de baixo para cima...... Imaginemos a sequência dó,mi,sol,si,ré,fá lá,.....vamos colocar o dó no último lugar...mi sol,si,ré,fá,lá,dó....entre as duas sequências...si,ré,fá,si,ré fá,sextas superpostas Vocalise êaêaêaêa....dos sopranos,dois mezzosopranos,dos contraltos dois tenores,dois barítonos,dos baixos....sete por quatro hmaria

Mais que tudo é preciso cantar

vamos construir,uma sobre a outra.treze notas........... dó,mi,sol,si,ré,fá,lá......... passemos a primeira nota para o último lugar........ mi,sol,si,ré,fá,lá dó..... vamos harmonisar.... a nota mais próxima entre mi e dó é o ré....... teremos,ré,fá si duas vezes,superpostos...... para evitar quintas consecutivas..... sugiro uma brincadeira..... ir à ré fá lá dó si....e repetir tudo outra vez Dois sopranos.... dois mezzosopranos..... dois contraltos.... três tenores.... dois barítonos ...... dois baixos... Vocalise....ê,a,ê ,aê,a.....H Maria

gil,claudio e eu

Conversando com Gil...... coloquei prá ele o fato das interações da fisiologia do cérebro produziem luz e cor...me diss que as sinapses produzem....então perguntei:podem ser traduzidas em hertz,sons musicais....sim,concordamos como dois profissionais descolados que somos....então,não apenas o eletro mas todos os exames que evidenciam isto....podem ajudar aos músicos a ,através do princípio da homeopatia...a resolver alguns distúrbios...tipo...depressão,dislexia...E também a cor,que pode ser retraduzida em hertz Sonhamos com uma terapia do som....da cor....em lugar das práticas tradicionais...vou tomar meu chazinho de erva cidreira hoje,pensando nele...Tentou me explicar que os grilos vivem um tempo diferente....por isto produzem sons corais(música) que tem relação com esta diferença...Claudio relaciona física,química,biologia,....só para trabalhar a Segurança no Trabalho....é um engajamento propedêutico e altamente consolador....Não seria nada sem estes companheiros...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Perto de uma Dimensão Selvagem

Perto de uma Dimensão Selvagem Quando não existe uma teleologia embasando uma ação ,criam-se caminhos.......Se alguém parte de lugar nenhum para abordar as questões da vida....só tem a seu favor a observação da realidade mesma....não a observação ou obediência à um paradigma.....A lógica do modo de produção capitalista.....parte de um paradigma....a mercadoria....a circulação desta mercadoria e a realidade da capacidade de venda ou não desta mercadoria....e não da compreensão da pertinência desta mercadoria às necessidades da vida mesma....Me sinto perto de uma dimensão selvagem quando estou compondo e a regra ,o cânon me aponta uma direção e....não sigo a regra...faço outra coisa....Perto de uma Dimensão Selvagem ...encontro a vida....HMARIA

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Lótus

Sentada no meio do quarto.....,em posição de lótus.....,com o computador no colo componho.... Só preciso do exíguo espaço do meu corpo.... ,alguns legumes durante o dia.....,sucos,não custo ao Estado mais do que um palmo de terra e.....,fazendo trabalho orquestral....,estou gerando trabalho para um montão de gente.... Isto significa ser capaz de sobreviver debaixo d'água com dois canudinhos no nariz .....Trabalhei uma camerata no hospital....,para Bonfiglio.....,com a barriga aberta de um lado a outro.... E cá estou...Faço o que o computador faz, no caderno....Tenho Sinfonia(atonal).....de duas horas....O woysek me animou e este ano cheguei a setenta corais e orquestras(Atonais)....

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

contraponto

A noção que tive de contraponto,.....que na visão tradicional consista na repetição sistemática oitava acima......,oitava abaixo,.....com métricas diferentes....da mesma linha melódica....,enfim,....repetição,....é completamente diferente da noção que recebi de meu pai,Aluísio.....Como músico extraordinário que foi,....fulltime....,percebeu que a simples alternância métrica de tempo..........,provocava,provoca....... uma alternância de sons que foi lida pela inteligência musical dele como contraponto .....Repasso

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Salve Companheirada!!!Salve Gentil Humanidade!!!

Conversando com Gil.......,como sempre,.......ficamos meditando sobre o sentido do cristianismo........entre as várias religiões....no caldo de cultura planetário.....O símbolo mais importante do cristianismo é a Árvore da Vida ......Não a Cruz.....Quem inventou a crucificação foram os romanos.....Como diria o Axterix....estes romanos são uns neuróticos....Brincadeirinha à parte.....toda a minha noção de Vida......não me deixa aceitar que uma crucificação é exemplo.....A escrita mais notável deste século é a Declaração Universal de Direitos Humanos.....VIDA para todos os Companheiros!!!!.....Salve companheirada!!!!......Gracias dou a la VIDA!!!!HMARIA

sábado, 11 de janeiro de 2014

Gil e o Amigo

Estou aqui,conversando com Gil....tentei dizer que ouvi uma voz cantada.....meio tenor.....parecida com a dele.....entre pesquisadores de ufologia.....mas me contou que um amigo dele gravou vários grilos em câmara lenta.....o resultado foi extraordinário....pareciam várias vozes corais....Já se passaram dois dias....saudade...

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

poyesis coral

Em estado de dicionário,poyesis é açãp,fazer algo.......Toda ação implica em labor,trabalho....então.todo trabalho é´poyesis ....poesia....Estou trabalhando em vários estudos de harmonia de acordes.....que podem se trans formar em vozes corais,,.....Sugiro os vocais ê ,a....ê,a....Sete por quatro.....Dó.Mi,Sol,Si,Ré,Fá,-,,Dó....Fá Lá.....dó...mi......Acordes encadeados dó dóré mi fáfá sollálá sidódó rémimi Cantar com as vozes corais....soprano......mezzosoprano...contralto...barítono....baixo... Repetir.....subindo de cinco em cinco vezes....dó,sol.ré,lá,mi,si,fá,tomadas como tônicas ...os mesmos intervalos....colocando os acidentes das escalas maiores correspondentes ou os acidentes que o músico desejar.....Usando os vocais ê a......Bom Dia a Todos HMARIA

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Gil e as Manhãs

Gil e eu fizemos um pacto de vida pelas madrugadas....conversando....Bem.....ainda dentro da ótica....eletroencefalograma....ondas hertezianas....retradução musical....imaginemos uma pessoa bipolar....se eu estimular o lado esquerdo do cérebro,racionalidade.....com uma música por exemplo....de Bach....inclusive usando o eletro para potencialisar esta racionalidade.....através do princípio homeopático....este lado do cérebro pode,por hipótese,suprir a função do lado direito(emoções)....e reequilibrar a bipolaridade....hipótese...tô tentando fala com Gil....parece que saiu de manhã...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Bethoven,livra a minha cara pelo amooooor de Deus!!!!Põe Jesus na causa

Se o sujeito não pode ter.....,nem tristeza demais..... nem alegria demais .....deve....existir uma pílula que mantenha este sujeito.....,num estado de espírito ambiente....Pilulas para todos os gostos e necessidades.... Um estado de espírito ambiente é bem adequado ao modo de produção capitalista....Assim....,coisificado....,não perde atenção do foco.....,a mercadoria....Com uma juba daquelas e aquelas profusões românticas,Bethoven deve ter sido considerado bipolar....meio megalomaníaco....Prefiro os vícios deles....sem provocação....questão de gosto...

Merkabach

Salve!!!...Professora Virgínia Bernardes!!!....Andamos junto num momento em que eu ia morrer!!!....Não morri prá ler seus lindos e mails!!1....Guarde no seu coração a nave que consegui filmar!!!....Entraremos juntos em Merkabach.....A Sephira ...é claro~~~~~KKKKKK HMARIA

BELUANDA

E Bela Belainda Beluanda Madalena ainda Ama HMARIA

Intrépida Troupe

A dança é uma música que se vê.....Foi o que o Gil disse,em verdade...Bem,das nossas conversas,...a Dri com a velinha na internet,implorando a cura do câncer....cheguei ao seguinte...o amor...manda para os neurônios a informação de cura...Talvez seja possível isolar o nerônio e a parte do cérebro que esteja transmitindo a informação cancerígenal....Alta concentração de energia amorosa....ternura densa e leve...e o Gil falando cantado...Não deu outra,meus pais,Gil,Dri,Claudio,Henricão,Rita,Ivânia,ângela,Fátima,Lili e euzinha aqui no meio da intrépida troupe Não posso pirar o cabeção,mas tô quase...........Pesquisa,música...curas....Mesmo que parciais....

Intrépida Troupe

A dança é uma música que se vê.....Foi o que o Gil disse,em verdade...Bem,das nossas conversas,...a Dri com a velinha na internet,implorando a cura do câncer....cheguei ao seguinte...o amor...manda para os neurônios a informação de cura...Talvez seja possível isolar o nerônio e a parte do cérebro que esteja transmitindo a informação cancerígenal....Alta concentração de energia amorosa....ternura densa e leve...e o Gil falando cantado...Não deu outra,meus pais,Gil,Dri,Claudio,Henricão,Rita,Ivânia,ângela,Fátima,Lili e euzinha aqui no meio da intrépida troupe Não posso pirar o cabeção,mas tô quase...........Pesquisa,música...curas....Mesmo que parciais....

A Dor da Humanidade vai Passar

Gil me ensina os passos da capoeira.....levíssimos....a Meu Deus o quê que eu faço....ô me dá meu dinheiro o valentão....Me disse....A dança.... é uma música que não se ouve....Marques me sugeriu estudar os Ciclos do Herói Valentão...no Cordel...Quando contei a história de Lobo Antunes prá minha mãe....ela começou a cantar...Aonde vai valente...vou prá linha de frente...Gil e eu queríamos neutralizar a percepção da dor em pacientes terminais através da reprodução dos sons do eletro...A mente canta...O corpo dança....HMARIA

domingo, 5 de janeiro de 2014

O Surto

Se....no círco das paixões....uma mulher bonita....se declara a favor da pena de morte...e ainda dá dicas de formas de execução....o namorado dela ou surta ou brocha...Um direito....que pune com crueldade igual ou pior que a do criminoso....comete crime institucional....em qualquer parte do mundo...Portanto,....que venham as teses,...as dissertações...vamos reescrever...Há pesquisadores velhinhos reescrevendo os pr´prios textos....HMARIA

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ondina e Sartre

ondina minha mãe era uma inteligência descentrada .......pelo fato de ter sido levada a abrir mão do próprio desejo,....entendia todas as lógicas à volta dela,quase uma onisciência....fez um recuo sartreano(O Ser e o Nada) em relação ao próprio desejo e se transformou....assim....numa inteligência quase onisciente....e tinha uma ironia devastadora....saudade HMARIA

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

ISABEL

D.Isabel Vieira nunca me pareceu uma pessoa carente.....Ela era majestosa....Uma vez fui no apartamento dela....de manhã...Fugi da Letras(UFMG) e fui lá....Estava com uma veste chiquérrima...dedilhando um alegreto,parece que de Mozart...Papai era louco por ele....encantado...Dizia que ela era pioneira....Independente....Como professora de música ajudou aos filhos...ao companheiro...Linda....De corpo e de alma....E uma grande artista...Saudade

as noites anciãs

As Noites Anciâns Num clima de penumbra,........num apartamento com mofo nas paredes......,homens de cabelo branco discutindo o Contraponto de Bach..........Ponderavam com papai a necessidade de levar música sinfônica de qualidade para a classe trabalhadora........Se não cobrassem nada não seriam valorizados .........porque no modo de produção capitalista só é comsiderada de qualidade a mercadoria cara......Música não é mercadoria....Acabaram decidindo cobrar um preço simbólico....O operariado valorizaria por ter a dignidade e pagar....sem ser explorado.....Em meio àquela penumbra....eu....uma menininha de três anos e olhos arregalados....ouvindo aqueles músicos,maravilhosos....1964.....Hoje em dia estou fazendo análise musical de Daniele Zanetovich....passados cinquenta anos....ainda é Vanguarda.....Primavera de Praga......Talvez......Li Karel Kosik,na UFMG(DUBCL,Svoboda).....HMARIA