sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A CIVILIZAÇÃO ANAL

A CIVILIZAÇÃO ANAL pensando no acordo planetário que associa valor trabalho a papel como símbolo de troca.... tenho me detido,algumas vezes,nas fazes de desenvolvimento psiquico afetivo da humanidade... que envolvem negociações de troca...Na fase anal,a criança retém ou libera as feses para agradar ou desagradar à mãe...Quando libera as feses,libera algo culturalmente marcado pela idéia de sujidade e tem como prêmio,a aprovação da mãe ou até algum presente,representado por um doce,um carinho.....etcEm termos do modo de produção capitalista...,oferecer dinheiro significa receber o prêmio representado pela mercadoria... Os genocidas do século vinte insistiram permanentemente em noções de "pureza racial""limpeza étnica"...O sentido de dinheiro também vem no século vinte,desde o cristianismo medieval,marcado pela oposição entre o que é espiritual,portanto"limpo" e o que é "material" portanto "sujo..."É possível inferir que as relações que a humanidade estabelece com a noção de dinheiro,se situem em leituras que nos levem para a dita fase anal...Bem,sempre trabalhei por ser musicista,junto com meu pai,que era músico... Mais de onze horas por dia...Ao longo de uns vinte anos...De dez à quase trinta anos...Trabalhávamos de madrugada até o dia amanhecer...Ele tinha pouco dinheiro e eu nem ligava prá isto...Se observo as flores,não quer dizer que,por observá-las,que elas sejam minhas...Se uma folhinha de papel...,que representa um acordo planetário.... passa por mnhas mãos...,ou pelas mãos de meu pai...,passava,aliás,porque ele já morreu...,não havia aí nenhum acordo intrinseco de propriedade...,passaria para outras mãos...Se a consanguinidade mantém um acordo planetário que garante aos filhos heranças de papel..,no sentido mesmo de fetchicisação...,não há ,no caso das famílias pobres...,nenhuma propriedade fetchicizada mas,no mais das vezes,trabalho comum,para a sobrevivência daquele grupo...Então,termos como...,dinheiro de família...,noções de propriedade..,são acordos dcorrentes dos modos de produção de cada territorialdade ou cultura...Mas,o que mantém estes modos de produção é unicamente o trabalho..Se a noção de propriedade é conceitual...,fruto de uma abstração... a diferença consiste em:...quem constroi a casa e quem vai desfrutar dela...Porque este conceito não levanta concretamente a casa...Ou da possibilidade de que quem construiu uma vivenda também tenha direito a uma...Mas mesmo para aquele que construiu a sua própria casa o sentido de propriedade é conceitual Abstrato....O que resta então!!!!...A própria humanidade!!!!...Como irá interagir para garantir a vida de toda a população planetária... ,ao abrigo das intempéries...Se a relação com o acordo abstrato que dá poder a um pequenino pedaço de papel está relacionado com a fase anal é provável que...,chegando à realidade mesma do prazer...,seja possível à pessoa humana definir o que vem primeiro...,o alimento que agrada e dá prazer...,a carícia que acalma...,ou um pequenino pedaço de papel...,que pode autorizar ou não a vida...,uma vez que...,até a possibilidade de nascer...,está ligada a custos e preços...Esta delegação de poder a um pedacinho de papel... é uma transferência de poder da autoridade do pai...,nas sociedades patriarcais...,e do poder da mãe,,,,nas sociedades matriarcais...Gostaria de me deter a seguir...,no que considero a ideologia do sacrifício...,que vem desde às sociedads tribais até ao cristianismo moderno... Sacrificados são os que não servem de força de trabalho à um modo de produção...,qualquer que seja ele...,as virgens...,os que não produzem mercadoria,...(amo Lorca,se fosse mãe,irmã,parente ou amiga,descobriria o nome dos militares que lhe roubaram a vida),...ou quem quer que fosse...,bem,a idéia cristã de um sacrificado que assim o é para libertar a humanidade de seus pecados,...justifica bem a perpetuação de um discurso hegemônico....Hora,em nome da vida,chega de qualquer ideologia de sacrifício

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