terça-feira, 1 de abril de 2014

tarefa 3 2014 continuação

Tarefa 3 Continuação Voltando à qustão da associação com as perguntas o fato de ter tido aulas de desenho me levou,de uma certa forma,a aprender a ensinar.Quando o Claudionor Cunha me dizia:Helenice,com dois ou três traços,represente a pontinha daquela xícara,estava me induzindo à percepção visual e me dando elementos para fazer a mesma coisa com o aluno,ou,os alunos.A partir de um foco,um objeto situado num ponto da sala,um professor pode induzir desta forma,vários alunos à percepção visual.Mas a vida também ensina.Ficava horas e horas descrevendo formas com meu pai,observando as pedras do muro,ou os desenhos que se formam nas madeiras.Um interessante exercício de guestalt.Isto responde em parte sobre a relação entre as minhas possíveis práticas de ensino(plano de aula)Quando Ana Mae fala em contextualisar o que me ocorre é que talvez seja impossível descontextualisar,uma vez que estamos cercados de objetos,realidades que nos circundam apesar de nós.Se já participei de algum projeto de pesquisa.Bem,toda a minha vida foi um ato investigatório de pesquisa,no desenho,na música(análise musical)O que foi novo prá mim é que meu orientador de mestrado me tirou da pretensão à originalidade porque ele me dizia:olha,isto que você está dizendo eu já li aqui,ali e citava os autores.Mesmo a pintura não mimética parte de alguns elementos básicos de criação.A pesquisa sistemática,com vistas à obtenção de um título,só vivenciei na universidade mas as bases são muito parecidas observação e análise.A diferença talvez consista no fato de que,em casa,todo o meu esforço de observação e análise não visasse à obtenção de um título. Quanto ao que eu não gosto na prática da pesquisa penso na lógica de pensamento científico que embasa os métodos.Somos muito marcados por pensadores norte americanos Esta lógica de pensamento científico me parece muito ligada ao modo de produção capitalista.Um foco de atenção(linha de produção,mercadoria) que secciona os estudos em áreas de concentração.Gostaria de lidar com uma lógica de pensamento científico capaz de interrelacionar coisas.Os educadores da Escola Nova,Escola Plural não questionam as contradições do modo de produção de mundo capitalista.Em casa,além de estudadr toda a produção sinfônica do bloco comunista estudei a vanguarda dos guetos afro americanos.Músicos que não faziam uma música mercadológica.Na Letras,começamos estudando o Estruturalismo e o Formalismo russos,Tzvetan Todorov....No meu singelo entendimento,música,pintura,poesia....são áreas afins Os poetas têm o que aprender com os pintores....os músicos têm o que aprender com os poetas....está tudo interligado.Li um livro chamado,A Palavra Pintada,participei de um Simpósio chamado Poéticas da Palavra Cantada mas a noção de Foco(mercadoria,Linha de Produção),Área de Concentração,secciona o conhecimento em áreas estanques,incomunicáveis .É disto que não gosto em pesquisa. Quanto ao que li e ouvi até agora sobre as diferenças entre métodos de ensino me pareceu se situarem em polos opostos.De um lado uma perspectiva acrítica,que valoriza a liberdade de expressão,de outro lao uma perspectiva totalmente crítica quanto aos fazeres contemporâneos embasada pela leitura das condições reais de ensino da Arte nos dias de hoje.A minha formação não me situa neste espontaneismo.A partir do momento em que me era pedido sugerir com dois ou três traços o objeto observado posso dizer que tive uma formação impressionista que me encaminha para a pintura abstrata mas tive a oportunidade de vivenciar experiências completamente diferentes que deram resultado. Então,nem tanto ao mar nem tanto à terra.Temos que saber a todo momento onde estamos e qual é o sentido de nossa experiência no contexto onde nos inserimos

Nenhum comentário:

Postar um comentário