CANTO LIV
Dizer não canta,soa
captura de uma voz sempre
adiada
Os espinhos da palavra
germinam
Os fios da fala não se calam
A palavra fere ou acaricia
Solerte equação do verbo
Essa voz viaja um longo
vôo
pelas esquinas do silêncio
e dos discursos
Antiga litania de gritos
ou murmúrios
a geografia desse verbo
fere espaços
sangra e escoa
helenice maria reis rocha
Olá, Helenice! Seus versos me comovem. São fortes as palavras que você escreve. Pesco expressões em seus poemas para dar-lhes novo sentido; construo imagens que sua poesia me sugere e tento estar nessa "esquina do silêncio e dos discursos" e na geografia do verbo que fere espaços.
ResponderExcluirVoltarei aqui sempre que puder!